- Simone Gbagbo, ex-primeira-dama da Costa do Marfim, anunciou sua candidatura à presidência para as eleições de outubro.
- Ela tem 76 anos e recebeu anistia após uma condenação de 20 anos por “tentar minar a segurança do estado”.
- Gbagbo se distanciou do Ivorian Popular Front (FPI) e fundou o Movimento das Gerações Capazes (MGC).
- Ela promete uma “Costa do Marfim modernizada e próspera” e busca reconquistar o apoio popular.
- Se eleita, Gbagbo se tornaria a primeira mulher a assumir a presidência do país.
Simone Gbagbo, ex-primeira-dama da Costa do Marfim, anunciou sua candidatura à presidência nas eleições de outubro, aos 76 anos. Após receber anistia e se distanciar do Ivorian Popular Front (FPI), ela promete uma “Costa do Marfim modernizada e próspera”.
Gbagbo, que foi uma figura central ao lado de seu marido, Laurent Gbagbo, durante seu governo de 2000 a 2011, é conhecida por sua trajetória de ativismo e por ter enfrentado a prisão política. Sua influência no governo foi significativa, sendo considerada “a dama de ferro” por sua postura firme. Ela agora busca reconquistar o apoio popular, convocando seus seguidores para “construir uma nova nação”.
Após anos de conflitos políticos e uma condenação de 20 anos por “tentar minar a segurança do estado”, Gbagbo foi anistiada em 2021, o que possibilitou sua candidatura. Ela fundou o Movimento das Gerações Capazes (MGC) e se apresenta como uma alternativa ao atual presidente, Alassane Ouattara, que não pode concorrer novamente.
A ex-primeira-dama tem um histórico de luta pela democracia, tendo sido presa diversas vezes durante o regime de Félix Houphouët-Boigny. Gbagbo e seu marido foram figuras proeminentes na oposição ao governo autoritário, e sua trajetória política é marcada por uma série de eventos tumultuados, incluindo uma guerra civil que resultou em milhares de mortes.
Com sua candidatura, Gbagbo não apenas busca um retorno ao poder, mas também representa uma mudança significativa no cenário político da Costa do Marfim, onde a presença feminina em cargos de liderança é escassa. Se eleita, ela se tornaria a primeira mulher a assumir a presidência do país, um marco importante em sua longa carreira política.