- A União Europeia enfrenta pressão interna para adotar medidas mais rigorosas em relação à situação em Gaza.
- Uma carta com 295 assinaturas pede a suspensão total do acordo de associação com Israel e sanções à liderança israelense.
- Os signatários, incluindo ex-altos funcionários da União Europeia, consideram insuficientes as propostas atuais da Comissão Europeia.
- A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, mencionou apenas medidas limitadas contra alguns ministros e colonos.
- Funcionários das instituições europeias protestam contra a inação da UE, enquanto se aproxima a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas.
A União Europeia (UE) enfrenta crescente pressão interna para adotar medidas mais rigorosas em relação à situação em Gaza. Uma carta recente, com 295 assinaturas, solicita a suspensão total do acordo de associação com Israel e a imposição de sanções à liderança israelense. O documento também pede que mais países da UE reconheçam a Palestina.
Os signatários, incluindo ex-altos funcionários da UE, afirmam que as propostas atuais da Comissão Europeia são insuficientes. Eles defendem ações como a proibição de importação de produtos de assentamentos ilegais e a interrupção do comércio de armas com Israel. Além disso, exigem sanções imediatas contra a cúpula política e militar israelense, responsabilizando-os por crimes de guerra.
Em um discurso recente, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, mencionou apenas medidas limitadas contra “ministros extremistas e colonos violentos”. Apesar de algumas sanções já estarem em vigor, a falta de consenso entre os Estados membros tem dificultado a ampliação dessas ações. A proposta de suspensão parcial de Israel de um programa científico europeu também não avançou.
Pressão e Mobilização
A situação em Gaza tem gerado protestos entre funcionários das instituições europeias, que têm se manifestado contra a inação da UE. A carta mais recente é a terceira em poucos meses e a que mais apoio recebeu. Entre os signatários estão figuras de destaque, como Alain Le Roy, ex-secretário geral do Serviço Europeu de Ação Exterior.
Com a próxima Assembleia Geral da ONU se aproximando, os signatários instam os 13 países da UE que ainda não reconheceram a Palestina a se juntarem aos 147 Estados membros da ONU que já o fizeram. Eles também pedem uma ação conjunta para reforçar a solução de dois Estados e pressionar os EUA a permitir a participação de representantes palestinos na Assembleia.
A inaceitável tragédia em Gaza é um tema recorrente nas comunicações de Von der Leyen, que propôs um pacote de medidas para ajudar na reconstrução da região. A pressão por uma resposta mais contundente da UE continua a crescer, refletindo a urgência da situação humanitária em Gaza.