- Universidades de vários países, incluindo o Brasil, estão rompendo laços com instituições israelenses devido à violência em Gaza.
- O Ministério da Saúde local informou que mais de sessenta e três mil pessoas morreram na região.
- Especialistas da Organização das Nações Unidas (ONU) alertam para uma grave crise humanitária, com muitos enfrentando fome.
- A Universidade Federal do Ceará cancelou uma cúpula de inovação com uma universidade israelense, refletindo um movimento maior de boicote.
- Universidades britânicas, francesas e alemãs criticam os boicotes, defendendo a liberdade acadêmica e alertando sobre os impactos negativos para acadêmicos não envolvidos nas ações do governo israelense.
Universidades de diversos países, incluindo o Brasil, estão rompendo laços com instituições acadêmicas israelenses em resposta à crescente violência em Gaza. O Ministério da Saúde local reportou que mais de 63 mil pessoas perderam a vida na região, enquanto especialistas da ONU alertam para uma crise humanitária severa, com muitos enfrentando fome provocada pelo homem.
A Universidade Federal do Ceará, por exemplo, cancelou uma cúpula de inovação com uma universidade israelense. Essa decisão reflete um movimento mais amplo, onde instituições na Noruega, Espanha e Bélgica também optaram por se distanciar de Israel, acusando-as de serem cúmplices em um “regime de décadas de ocupação militar, apartheid colonial e genocídio”, segundo Stephanie Adam, da Campanha Palestina pelo Boicote Acadêmico e Cultural de Israel.
Reações ao Boicote
Entretanto, nem todas as instituições acadêmicas apoiam essa abordagem. Universidades britânicas, francesas e alemãs criticaram os boicotes, argumentando que eles violam a liberdade acadêmica. Um porta-voz da Universities UK destacou que “não apoiamos boicotes acadêmicos generalizados”. O Prêmio Nobel Venki Ramakrishnan também expressou preocupação, afirmando que os boicotes podem prejudicar acadêmicos que não estão envolvidos nas ações do governo israelense.
Impacto e Perspectivas
Ainda é incerto se essa onda de boicotes afetará diretamente os pesquisadores ou o governo de Netanyahu. O reitor da Universidade de Glasgow, Ghassan Soleiman Abu-Sittah, acredita que a “ameaça de boicote acadêmico é suficiente para pressionar o governo israelense a pôr fim ao genocídio” em Gaza. O cenário continua a evoluir, com a comunidade acadêmica global dividida sobre a melhor forma de abordar a crise.