- Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil, foi condenado a 27 anos de prisão por liderar uma tentativa de golpe, resultando em inelegibilidade até 2030.
- Atualmente em prisão domiciliar, ele busca manter sua influência política, enquanto seu filho, Eduardo Bolsonaro, se posiciona como possível sucessor.
- Desde a derrota nas eleições de 2022, sua base política se fragmentou entre alas radicais e pragmáticas.
- A ala radical, liderada por Eduardo, rejeita acordos políticos, enquanto a ala pragmática busca alianças com o centrão.
- A polarização política persiste, mas a capacidade de mobilização de Bolsonaro está limitada devido a restrições de acesso às redes sociais e à sua mobilidade.
Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil, foi condenado a 27 anos de prisão por liderar uma tentativa de golpe, resultando em sua inelegibilidade até 2030. Atualmente em prisão domiciliar, ele tenta manter sua influência política, enquanto seu filho, Eduardo Bolsonaro, busca se posicionar como seu sucessor. A polarização política no Brasil continua, mas a capacidade de mobilização de Bolsonaro está reduzida.
Desde sua derrota nas eleições de 2022, quando obteve 58 milhões de votos, Bolsonaro enfrentou uma fragmentação em sua base política. Embora tenha sido aconselhado a aceitar a derrota e se tornar líder da oposição, optou por se exilar nos Estados Unidos por três meses. Ao retornar, começou a responder a processos judiciais e tentou reassumir o papel de liderança da direita. Agora, sua condenação pode estender sua inelegibilidade até 2062, quando teria 107 anos.
A divisão entre seus apoiadores se acentuou. Uma ala mais radical, liderada por Eduardo, rejeita acordos políticos e critica o Judiciário, enquanto outra, mais pragmática, busca alianças com o centrão para aumentar as chances de derrotar o petismo nas próximas eleições. Eduardo, mesmo fora do Brasil, já expressou interesse em ser o sucessor do pai e considera mudar de partido para alcançar esse objetivo.
A situação atual do bolsonarismo reflete uma luta interna por protagonismo, com governadores de direita disputando o apoio de Bolsonaro. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, tenta equilibrar sua imagem entre as alas radical e pragmática, buscando apoio do ex-presidente para sua candidatura. A polarização persiste, mas a falta de acesso direto às redes sociais e a restrição de sua mobilidade limitam a capacidade de Bolsonaro de fomentar crises como fez durante seu mandato.
O futuro do bolsonarismo permanece incerto, com a política brasileira se preparando para uma nova fase, onde as estratégias de comunicação e a pauta de costumes ainda terão relevância, mas em um cenário transformado.