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Prostitutas defendem trabalho legítimo diante da lei abolicionista na Espanha

Trabalhadoras sexuais se reúnem com ministra de Igualdade para discutir nova legislação abolicionista e reivindicam reconhecimento de suas vozes

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Grupo de cinco pessoas posando em um clube em Madrid, em 15 de setembro de 2025 (Foto: Reprodução)
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  • Um grupo de trabalhadoras sexuais se reuniu com a ministra de Igualdade da Espanha, Ana Redondo, para discutir uma nova legislação abolicionista.
  • As mulheres destacaram a importância de serem ouvidas e diferenciaram suas experiências das de vítimas de tráfico.
  • Participantes como Lea Ferrer e Dalia compartilharam suas histórias, enfatizando que a prostituição pode ser uma opção viável em contextos econômicos difíceis.
  • A proposta de lei inclui a regulamentação da “terceira locativa”, que pode restringir o aluguel de espaços para a prática da prostituição.
  • A ministra Redondo reconheceu a necessidade de diálogo e afirmou que o governo está ouvindo diferentes grupos para elaborar a nova legislação.

Recentemente, um grupo de trabalhadoras sexuais se reuniu com a ministra de Igualdade da Espanha, Ana Redondo, para discutir a proposta de uma nova legislação abolicionista. As mulheres enfatizaram a necessidade de serem ouvidas, destacando que suas experiências diferem das de vítimas de tráfico. Lea Ferrer, uma das participantes, afirmou que as trabalhadoras sexuais sentem que suas vozes são silenciadas nas discussões sobre suas vidas e profissões.

Durante o encontro, as trabalhadoras expressaram suas realidades e as circunstâncias que as levaram a escolher essa profissão. Ariel, uma venezuelana de 23 anos, e Dalia, uma colombiana de 28, compartilharam suas histórias, ressaltando que a prostituição pode ser uma opção viável para muitas, especialmente em contextos de dificuldades econômicas. O grupo também discutiu a proposta de lei que pode afetar diretamente suas condições de trabalho, como a regulamentação da “terceira locativa”, que poderia restringir o aluguel de espaços para a prática da prostituição.

A ministra Redondo reconheceu a importância do diálogo e afirmou que o governo está ouvindo diferentes grupos para elaborar a nova legislação. Irene Adán, do Sindicato Otras, destacou que essa foi a primeira vez que o PSOE se reuniu com o sindicato, o que representa um avanço nas discussões. No entanto, as trabalhadoras continuam preocupadas com a possibilidade de que a nova lei não leve em conta suas realidades e necessidades.

As participantes do encontro também abordaram o estigma associado à profissão. Muitas delas, como Pamela Morán, de 40 anos, ressaltaram que não se consideram vítimas, mas sim profissionais que exercem um trabalho legítimo. Um estudo do Ministério de Igualdade indicou que 24,2% das trabalhadoras sexuais estão sob coação, um número significativamente menor do que o anteriormente estimado. As mulheres pedem que suas vozes sejam consideradas nas políticas públicas que afetam suas vidas e seu trabalho.

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