- Jair Bolsonaro enfrenta problemas de saúde e foi internado em Brasília após crises de vômito, soluços e pressão baixa.
- O senador Flávio Bolsonaro atribui a piora do estado de saúde do pai à pressão psicológica do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF).
- Bolsonaro já passou por sete cirurgias relacionadas ao atentado de 2018 e apresenta complicações como anemia e pneumonia residual.
- Os advogados de Bolsonaro preparam um pedido para que ele permaneça em prisão domiciliar devido à sua vulnerabilidade clínica.
- Apesar da inelegibilidade até 2060, aliados acreditam que ele pode influenciar as eleições de 2026, mesmo que indiretamente.
Jair Bolsonaro (PL) enfrenta um quadro de saúde delicado e uma condenação pelo STF que o torna inelegível até 2060. Recentemente, o ex-presidente foi internado em Brasília após apresentar crises de vômito, soluços e pressão baixa, o que levanta dúvidas sobre sua capacidade de participar da campanha eleitoral de 2026.
Na tarde de terça-feira (16), Bolsonaro foi levado ao hospital DF Star, onde permaneceu em observação até a manhã seguinte. O senador Flávio Bolsonaro atribuiu a piora do estado de saúde do pai à pressão psicológica decorrente do julgamento no STF. No domingo (14), ele já havia sido atendido no mesmo hospital para tratar lesões de pele e realizar exames.
A situação clínica de Bolsonaro é complexa. Ele já passou por sete cirurgias relacionadas ao atentado de 2018 e enfrenta problemas como anemia, pneumonia residual e suspeitas de novas complicações. O vereador Carlos Bolsonaro alertou sobre a fragilidade do ex-presidente, que tem dificuldades para se alimentar e apresenta crises recorrentes.
Os advogados de Bolsonaro estão preparando um pedido para que ele permaneça em prisão domiciliar, considerando sua vulnerabilidade clínica. Essa estratégia se baseia em precedentes, como o caso do ex-presidente Fernando Collor, que teve a mesma concessão. O debate sobre a saúde de Bolsonaro e sua situação judicial levanta questões sobre sua capacidade de influenciar o cenário político em 2026.
A condenação de Bolsonaro pelo STF, que impôs 27 anos e três meses de prisão, é um fator crucial em sua trajetória política. Apesar da inelegibilidade, seus aliados insistem que ele ainda pode desempenhar um papel importante nas eleições, mesmo que indiretamente. O cientista político Ismael Almeida acredita que a percepção de seu eleitorado mais fiel não será afetada pela saúde debilitada do ex-presidente.
A pressão política e as incertezas sobre o futuro de Bolsonaro se intensificam à medida que se aproxima o calendário eleitoral. A situação atual reflete um paradoxo: enquanto ele e sua família desejam influenciar as eleições, a realidade de sua saúde e as limitações impostas pela Justiça podem dificultar essa intenção.