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Defensoria aponta tortura e mortes por negligência em presídio feminino no Amapá

Defensoria Pública pede afastamento de servidores e melhorias imediatas nas condições da Coordenadoria da Penitenciária Feminina após mortes de detentas.

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Penitenciária feminina do Amapá, localizada em Macapá (Foto: Reprodução)
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  • A Defensoria Pública do Amapá protocolou uma ação civil pública contra o Instituto de Administração Penitenciária (Iapen) após a morte de duas detentas na Coordenadoria da Penitenciária Feminina (Copef) em Macapá.
  • As mortes ocorreram em um intervalo de dez dias e são atribuídas a torturas e negligência médica, incluindo o uso excessivo de spray de pimenta.
  • A denúncia foi divulgada em quinze de setembro, com base em uma inspeção realizada em vinte e cinco de agosto, que revelou a falta de atendimento médico adequado.
  • O relatório aponta condições precárias na Copef, como água contaminada, ausência de médicos e alimentação inadequada, configurando um “estado de coisas inconstitucional”.
  • A Justiça acatou parcialmente os pedidos da Defensoria, determinando inspeção sanitária e exames médicos para todas as internas, enquanto o Iapen nega as acusações.

A Defensoria Pública do Amapá protocolou uma ação civil pública contra o Instituto de Administração Penitenciária (Iapen) após a morte de duas detentas na Copef (Coordenadoria da Penitenciária Feminina) em Macapá. Os falecimentos, ocorridos em um intervalo de dez dias, são atribuídos a torturas e negligência médica, incluindo o uso excessivo de spray de pimenta.

A denúncia foi divulgada em 15 de setembro e se baseia em uma inspeção realizada em 25 de agosto, após a primeira morte. Durante essa visita, a Defensoria constatou que uma presa não recebeu atendimento médico adequado e que o spray de pimenta foi utilizado na ala onde ela estava. Dez dias depois, uma segunda detenta morreu, também devido à falta de cuidados médicos.

Condições Críticas

O relatório da Defensoria aponta para um cenário alarmante na Copef, com uso abusivo de spray de pimenta, castigos humilhantes e restrições arbitrárias. Além disso, foram identificadas condições estruturais precárias, como fornecimento de água racionado e contaminado, ausência de médicos e alimentação inadequada. Para os defensores, a situação configura um “estado de coisas inconstitucional”.

O defensor público Carlos Marques destacou que, ao ser presa, a mulher mantém todos os direitos, exceto a liberdade, e o Estado deve garantir sua integridade física e saúde. Arthur Pessoa, também defensor, comparou as mortes a uma “pena de morte ilegal”, enfatizando a falta de acesso a tratamento médico.

Medidas Requeridas

A ação da Defensoria exige o afastamento imediato de servidores e da coordenação da unidade, além de acesso a filmagens e melhorias nas condições de saúde e alimentação. Entre as solicitações estão a criação de um comitê de monitoramento e a destinação de verbas para implementar mudanças.

No dia 5 de setembro, a Justiça acatou parcialmente os pedidos, determinando uma inspeção sanitária imediata e exames médicos para todas as internas. O Iapen, por sua vez, nega as acusações e afirma que o uso de spray de pimenta é controlado por protocolos rigorosos. A situação segue sob análise judicial.

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