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Litoral paulista se torna cenário de violência com assassinato de ex-delegado

O ex-delegado foi assassinado em meio a uma escalada de violência entre facções criminosas no litoral paulista, segundo autoridades locais.

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Ruy Ferraz Fontes foi executado a tiros em Praia Grande, SP (Foto: Reprodução)
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  • O ex-delegado Ruy Ferraz Fontes foi assassinado na Praia Grande em 15 de setembro de 2024.
  • Sua morte intensifica a violência no litoral paulista, relacionada a disputas entre facções criminosas.
  • Fontes era conhecido por combater o Primeiro Comando da Capital (PCC) e temia represálias após um assalto em dezembro de 2023.
  • A crise de segurança na região começou em julho de 2023, com a morte de um soldado da Rota, levando à Operação Escudo, que resultou em 28 mortes de suspeitos.
  • Apesar das operações policiais, a Secretaria de Segurança Pública afirma que os índices de homicídios dolosos caíram na região.

O assassinato do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes, ocorrido nesta segunda-feira (15) na Praia Grande, intensifica a escalada de violência no litoral paulista, marcada por disputas entre facções criminosas. Fontes, conhecido por sua luta contra o Primeiro Comando da Capital (PCC), já havia expressado seu temor por represálias após ser assaltado em dezembro de 2023. A situação na região, descrita pelo Secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, como um “cenário de guerra”, reflete a crescente tensão entre o crime organizado e as forças de segurança.

A crise de segurança teve início em julho de 2023, quando o soldado Patrick Bastos Reis, da Rota, foi assassinado, desencadeando a Operação Escudo. Com 600 agentes mobilizados, a operação resultou em 28 mortes de suspeitos entre julho e setembro, levantando preocupações sobre possíveis abusos por parte da polícia. O Conselho Nacional de Direitos Humanos recebeu denúncias de excessos, incluindo execuções e torturas. A discussão sobre o uso de câmeras corporais por policiais ganhou força após acusações de manipulação de evidências.

Repercussões da Violência

Após uma breve trégua, a violência ressurgiu em 2024. Em janeiro, o soldado Marcelo Augusto da Silva foi morto, levando a uma nova onda de operações policiais. Em fevereiro, dois agentes da Rota foram assassinados, resultando na morte de 27 suspeitos em resposta. Entre os mortos estava “Danone”, um líder de facção envolvido em tráfico internacional.

A Secretaria de Segurança Pública defendeu suas ações, afirmando que, apesar da percepção de aumento da violência, os indicadores criminais gerais apresentaram queda. De janeiro a julho de 2024, o Deinter 6 (Santos) registrou os menores números de homicídios dolosos da série histórica. Além disso, as forças de segurança apreenderam 12,1 toneladas de drogas, um aumento de 85,84% em relação ao ano anterior.

A morte de Ruy Ferraz Fontes representa um novo capítulo em um conflito que já se arrasta há meses, evidenciando a complexidade da luta contra o crime organizado na região. A resposta das autoridades continua a ser monitorada, enquanto a população vive sob a sombra da violência crescente.

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