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Combate ao PCC resulta em mortes sem proteção e apoio adequado

Ex-servidores públicos temem por suas vidas após o assassinato do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes, evidenciando a falta de proteção estatal.

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Ruy Ferraz Pontes, ex-delegado geral da Polícia Civil de São Paulo (Foto: Reprodução)
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  • O ex-delegado Ruy Ferraz Fontes foi assassinado em São Paulo com 29 tiros, após ser perseguido por um veículo.
  • Este crime reacendeu o medo entre ex-servidores públicos que atuaram no combate ao crime organizado.
  • Ferraz, que investigou o Primeiro Comando da Capital (PCC) nos anos 2000, é mais uma vítima de uma série de assassinatos de profissionais da segurança pública.
  • A falta de proteção para esses ex-servidores, mesmo aposentados, é alarmante e não há legislação que garanta sua segurança.
  • O Projeto de Lei Antimáfia, que prevê proteção a servidores aposentados, está parado no Ministério da Justiça.

O assassinato do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes, ocorrido na última segunda-feira, reacendeu o temor entre ex-servidores públicos que atuaram no combate ao crime organizado. Ferraz foi executado com 29 tiros em São Paulo, após ser perseguido por um veículo. Este crime se soma a uma série de assassinatos de profissionais da segurança pública, como o juiz Antônio José Machado Dias e o diretor José Ismael Pedrosa, ambos mortos em emboscadas relacionadas ao PCC.

As mortes de Dias, em 2003, e Pedrosa, em 2005, demonstram a crescente audácia dos criminosos. Dias, responsável pela Penitenciária de Presidente Bernardes, e Pedrosa, ex-diretor da Casa de Custódia de Taubaté, foram alvos por suas funções. Ferraz, que investigou o PCC nos anos 2000, também foi vítima de uma possível vingança.

Insegurança entre ex-servidores

A falta de proteção para esses profissionais, mesmo após a aposentadoria, é alarmante. Após o assassinato de Ferraz, relatos indicam que um policial federal, um ex-secretário de Segurança e um juiz aposentado expressaram medo de serem os próximos alvos. Sem escolta e longe da proteção do Estado, esses ex-servidores se tornam presas fáceis.

Atualmente, não há legislação que garanta a segurança de quem dedicou a vida ao combate ao crime. O promotor Lincoln Gakiya, que investiga o PCC há 20 anos, pode perder sua escolta ao se aposentar, dependendo da decisão das autoridades. O Projeto de Lei Antimáfia, que prevê proteção a servidores aposentados, está parado no Ministério da Justiça, enquanto a discussão no Congresso se concentra em proteger políticos.

Situação crítica

A situação é crítica, com ex-servidores públicos abandonados à própria sorte. A ausência de uma política de proteção efetiva expõe esses profissionais a riscos constantes. O caso de Ferraz é um lembrete sombrio da necessidade urgente de medidas que garantam a segurança de quem lutou contra o crime organizado, mesmo após deixarem seus cargos.

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