- O deputado federal Marco Feliciano (PL-SP) é alvo de uma representação no Ministério Público Federal (MPF) por racismo religioso.
- A denúncia ocorreu após suas declarações em um evento evangélico em Conselheiro Lafaiete, Minas Gerais, onde comparou práticas de religiões afro-brasileiras a “feitiçaria”.
- Feliciano afirmou que “nenhuma obra de feitiçaria vai governar mais essa terra”, referindo-se a entidades como Zé Pilintra e Exu Caveira.
- O deputado estadual Átila Nunes (PSD-RJ) protocolou a representação, destacando que as declarações reforçam preconceitos e estimulam discriminação.
- Outras denúncias foram apresentadas por parlamentares, que criticaram o uso de recursos públicos para um evento que promoveu ataques a religiões de matriz africana.
O deputado federal Marco Feliciano (PL-SP) enfrenta uma representação no Ministério Público Federal (MPF) por racismo religioso. A denúncia surgiu após suas declarações em um evento evangélico em Conselheiro Lafaiete, Minas Gerais, onde comparou práticas de religiões afro-brasileiras a “feitiçaria”.
Durante o evento, realizado no último sábado, Feliciano afirmou que “nenhuma obra de feitiçaria vai governar mais essa terra”, referindo-se a entidades como Zé Pilintra e Exu Caveira. Suas palavras geraram forte reação entre outros parlamentares e ativistas, que consideraram suas declarações como uma manifestação de desprezo à diversidade religiosa.
O deputado estadual Átila Nunes (PSD-RJ) protocolou a representação, destacando que as declarações de Feliciano reforçam preconceitos históricos e estimulam a discriminação contra comunidades marginalizadas. Nunes, membro da Comissão de Intolerância Religiosa da OAB-RJ, afirmou que as palavras do parlamentar têm uma “conotação depreciativa”.
Reações e Denúncias
Além de Nunes, a deputada estadual Lohanna (PV-MG) e a vereadora Damires Rinarlly (PV) também apresentaram denúncias ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Elas criticaram o uso de recursos públicos para um evento que promoveu ataques a religiões de matriz africana. Lohanna enfatizou que o discurso de Feliciano não enaltece a fé, mas sim comete crimes de intolerância religiosa.
As reações ao discurso de Feliciano refletem um crescente movimento contra a discriminação religiosa no Brasil, onde práticas de religiões afro-brasileiras frequentemente enfrentam estigmas e preconceitos. A situação levanta questões sobre a liberdade de expressão e os limites do discurso religioso em um país marcado pela diversidade cultural e religiosa.