- Ministros do Clima da União Europeia (UE) anunciaram que o bloco não cumprirá o prazo para novas metas de corte de emissões.
- A decisão foi tomada devido a divergências entre os países membros, como Alemanha, França e Polônia.
- A UE enviará uma “declaração de intenções” à Organização das Nações Unidas (ONU), comprometendo-se a reduzir as emissões entre 66,25% e 72,5% até 2035.
- A cúpula da COP30 ocorrerá em novembro no Brasil, e a falta de metas definidas pode enfraquecer a posição da UE.
- Desafios políticos internos, como a resistência de partidos populistas e preocupações com custos, dificultam o consenso entre os Estados-membros.
Ministros do Clima da União Europeia (UE) anunciaram que o bloco não cumprirá o prazo para estabelecer novas metas de corte de emissões, optando por enviar uma “declaração de intenções” à ONU. A decisão foi tomada em meio a divergências entre os países membros, como Alemanha, França e Polônia.
O não cumprimento do prazo é um revés para os líderes da UE, que se preparam para a COP30, marcada para novembro no Brasil. Enquanto isso, outros países, como a Austrália, já apresentaram suas metas climáticas. A UE planejava um acordo sobre cortes de emissões para 2035 e 2040, mas as discussões foram adiadas para uma cúpula em outubro.
Na declaração enviada à ONU, a UE se compromete a buscar um acordo para reduzir as emissões entre 66,25% e 72,5% até 2035. O comissário climático da UE, Wopke Hoekstra, destacou que o bloco continua sendo um dos mais ambiciosos globalmente em termos de políticas climáticas.
A ONU solicitou que os países apresentassem planos climáticos atualizados na próxima Assembleia Geral, visando revitalizar o compromisso global com o clima. Contudo, a posição da UE pode ser enfraquecida se não finalizar suas metas antes da COP30, conforme alertou a ministra finlandesa do Clima, Sari Multala.
Desafios políticos internos, incluindo a resistência de partidos populistas e preocupações com custos, têm dificultado o consenso entre os Estados-membros. O secretário de Estado do Clima da Alemanha, Jochen Flasbarth, enfatizou a necessidade de evitar divisões adicionais na UE sobre políticas climáticas, especialmente entre as nações mais pobres do Leste Europeu.