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Mais de 65 mil mulheres no Rio são afetadas por despejos, revela estudo

Cerca de 100 mil fluminenses estão ameaçados de despejo desde 2020, com foco na proteção das mulheres em situação de vulnerabilidade.

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Dados apresentados na audiência pública sobre Mulheres e Moradia Digna, realizada na Alerj (Foto: Reprodução)
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  • Dados da Campanha Despejo Zero indicam que sessenta e cinco mil mulheres, principalmente negras e mães solo, enfrentam despejos no Rio de Janeiro.
  • Desde dois mil e vinte, cerca de cem mil cidadãos fluminenses estão sob ameaça de perder suas moradias.
  • O déficit habitacional no Brasil é crítico, com seis milhões e duzentos mil domicílios em dois mil e vinte e seis milhões e quinhentas mil pessoas vivendo em condições inadequadas.
  • A deputada estadual Renata Souza (PSOL-RJ) anunciou a criação da Comissão Especial de Favelas e Periferias, que buscará implementar o PAC das Favelas, visando a construção de moradias em comunidades.
  • Renata Souza e Monique Zuma, da Casa Almerinda Gama, criticaram a venda de imóveis públicos, que prejudica famílias que dependem desses espaços.

As mulheres, especialmente as negras e mães solo, enfrentam um cenário alarmante de despejos no Rio de Janeiro, com 65 mil afetadas, conforme dados da Campanha Despejo Zero. A pesquisa foi apresentada na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), revelando que, desde 2020, cerca de 100 mil cidadãos fluminenses estão sob ameaça de perder suas moradias.

O déficit habitacional no Brasil é crítico, com 6,2 milhões de domicílios em 2022 e 26,5 milhões de pessoas vivendo em condições inadequadas. 62,6% desses lares são chefiados por mulheres, que frequentemente comprometem grande parte de sua renda com aluguel. A deputada estadual Renata Souza (PSOL-RJ) destacou que muitas mulheres enfrentam despejos devido a desastres socioambientais ou violência doméstica, sem alternativas de acolhimento.

Desafios e Iniciativas

Durante a reunião, Renata Souza também anunciou a criação da Comissão Especial de Favelas e Periferias, que buscará implementar o PAC das Favelas, focando na construção de moradias em comunidades como Maré e Alemão. A parlamentar enfatizou que garantir moradia segura é essencial para proteger as mulheres da violência doméstica.

A representante do Núcleo de Assessoria Jurídica da UFRJ, Taiana Sobrinho, ressaltou que os despejos são uma das faces mais cruéis da crise habitacional, afetando diretamente a vida das mulheres. Ela mencionou as remoções forçadas e os despejos relacionados à violência doméstica como questões que precisam de atenção urgente.

Críticas à Gestão Habitacional

Renata Souza criticou a venda de imóveis públicos, alertando que muitos já desempenham funções sociais importantes. A venda desses espaços compromete a dignidade de centenas de famílias que dependem deles. Monique Zuma, da Casa Almerinda Gama, também denunciou que a destinação de imóveis públicos prioriza usos comerciais em detrimento das necessidades habitacionais, especialmente no centro do Rio.

A audiência contou com a participação de autoridades, representantes de movimentos sociais e da Defensoria Pública, que discutiram a grave situação habitacional enfrentada por mulheres no estado.

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