- O ministro da Casa Civil, Rui Costa, criticou projetos na Câmara que buscam anistiar envolvidos em atos antidemocráticos e blindar parlamentares.
- A urgência para o projeto de anistia foi aprovada com 311 votos a favor e 163 contra.
- A proposta agora segue para o Senado, enquanto a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da blindagem já foi aprovada.
- Rui Costa chamou a discussão de anistia um “absurdo” e afirmou que não representa a vontade do povo.
- O líder do governo, Odair Cunha, liberou a base para votar conforme sua convicção, enquanto o líder do Partido dos Trabalhadores (PT), Lindbergh Farias, orientou a bancada a votar contra.
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, criticou a tramitação de projetos na Câmara que visam anistiar envolvidos em atos antidemocráticos e criar blindagem para parlamentares. A urgência para o projeto de anistia foi aprovada na noite de quarta-feira, enquanto a PEC da blindagem já segue para o Senado após aprovação do texto.
Rui Costa afirmou que é um “absurdo” discutir a anistia para quem comete crimes e a proteção de parlamentares contra ações judiciais. Ele destacou que essas propostas não refletem a vontade do povo e representam um péssimo exemplo para a democracia. O líder do governo, Odair Cunha, liberou a base para votar conforme sua convicção na PEC da blindagem, enquanto o líder do PT, Lindbergh Farias, orientou a bancada a votar contra.
A aprovação da urgência para a anistia, com 311 votos a favor e 163 contra, foi vista como uma vitória simbólica para os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado recentemente pelo STF por tentativa de golpe e outros crimes. O deputado Marcelo Crivella (Republicanos-RJ) é o autor do projeto que agora avança com o deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP) como relator.
Rui Costa expressou sua esperança de que o Senado rejeite essas iniciativas, ressaltando que a sociedade brasileira é amplamente contrária a elas. A volta do voto secreto na PEC da blindagem, que havia sido derrubado anteriormente, também gerou controvérsia entre os parlamentares.