- O ex-presidente Michel Temer criticou a falta de diálogo entre Brasil e Estados Unidos.
- Ele sugeriu que o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, deve se comunicar diretamente com Donald Trump.
- Durante um evento da plataforma de investimentos AGF, Temer mencionou a importância da comunicação entre os presidentes.
- Temer também falou sobre a necessidade de um pacto nacional sobre anistia, ressaltando a importância do diálogo entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
- Ele se mostrou otimista quanto à possibilidade de entendimento entre os poderes para avançar em questões importantes para o Brasil.
O ex-presidente Michel Temer (MDB) criticou a falta de diálogo entre o Brasil e os Estados Unidos, sugerindo que o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, deve se comunicar diretamente com Donald Trump. Durante um evento da plataforma de investimentos AGF, realizado nesta quinta-feira (18), Temer destacou que a comunicação deve ser entre os presidentes, não apenas entre eles. Ele lembrou que, se ainda estivesse no cargo, faria ligações para seus pares americanos.
Relembrando seu governo (2016-2018), Temer mencionou um encontro com Trump durante uma Assembleia-Geral da ONU. Na ocasião, o presidente dos EUA questionou sobre uma possível invasão à Venezuela, o que gerou constrangimento. Temer afirmou que a conversa ajudou a esclarecer a relação do Brasil com o país vizinho e poderia ter um impacto similar nas tarifas impostas pelos EUA a produtos brasileiros.
Pacto Nacional e Anistia
Além de criticar a polarização política, Temer enfatizou a necessidade de um pacto nacional sobre anistia. Ele revelou que foi procurado por Hugo Motta, atual presidente da Câmara, para discutir a proposta. Segundo Temer, é essencial que haja um diálogo entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário para que a anistia seja aprovada sem riscos de contestação no Supremo Tribunal Federal.
Temer também destacou que, apesar de sua impopularidade durante a presidência, ele conseguiu implementar reformas econômicas necessárias. Ele afirmou que sua falta de ambição eleitoral permitiu que tomasse decisões difíceis em prol do país. O ex-presidente se mostrou otimista em relação à possibilidade de um entendimento entre os poderes para avançar em questões importantes para o Brasil.