- O Botafogo enfrenta uma crise interna sob a gestão de John Textor, marcada por tensões e incertezas financeiras.
- A falta de transparência na administração da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) e o aumento da dívida do clube geraram críticas.
- Conflitos entre Textor e seus sócios na Eagle Football Holdings resultaram em ações judiciais e mudanças na governança.
- A venda de jogadores em condições desfavoráveis e a antecipação de receitas levantaram questionamentos sobre a saúde financeira do clube.
- A dívida da SAF ultrapassa R$ 1 bilhão, enquanto o clube social acumula R$ 660 milhões em débitos, e Textor busca um investidor para ajudar na recompra da SAF.
Botafogo enfrenta crise interna sob gestão de John Textor
O Botafogo, sob a administração de John Textor, vive um momento de tensão e incerteza financeira. A falta de transparência na gestão da SAF (Sociedade Anônima do Futebol) e a crescente dívida do clube têm gerado críticas internas. Recentemente, surgiram conflitos entre Textor e seus sócios na Eagle Football Holdings, com ações judiciais em andamento.
A situação se agravou após a venda de jogadores como Luiz Henrique e Igor Jesus em condições consideradas desfavoráveis. Além disso, a antecipação de receitas do programa de sócio-torcedor e patrocínios para o Lyon, clube francês também sob a gestão de Textor, levantou questionamentos sobre a saúde financeira da SAF alvinegra. O empresário, em busca de salvar o Lyon, comprometeu recursos do Botafogo, o que gerou descontentamento entre os conselheiros do clube.
Críticas e descontentamento
Em reuniões do Conselho Deliberativo, conselheiros expressaram preocupações sobre a penhora das ações da SAF e o endividamento crescente. O ex-presidente do Botafogo, Durcesio Mello, que representa o clube no Conselho de Administração da SAF, foi criticado por sua relação próxima com Textor, sendo visto como cúmplice nas decisões controversas. A falta de relatórios e a ausência de transparência nas operações financeiras foram temas recorrentes nas discussões.
A situação se tornou ainda mais crítica em maio de 2024, quando o Conselho Fiscal recomendou a reprovação das contas de Mello, alegando falta de informações sobre as atividades da SAF. Textor, em resposta, defendeu Mello e atacou os conselheiros, chamando-os de “covardes sem rosto”. A tensão aumentou após a conquista da Copa Libertadores, quando novos questionamentos sobre a gestão foram levantados.
O futuro incerto
A dívida da SAF já ultrapassa R$ 1 bilhão, enquanto o clube social acumula R$ 660 milhões em débitos. A contratação de jogadores e a antecipação de receitas futuras têm sido apontadas como fatores que contribuíram para esse cenário. Em meio a essa crise, Textor busca um investidor para ajudar na recompra da SAF, enquanto enfrenta ações judiciais que podem alterar o controle do clube.
As movimentações de Textor, incluindo um empréstimo de R$ 100 milhões com garantias das receitas futuras, visam manter seu controle sobre o Botafogo. Entretanto, a Eagle Football Holdings também se movimenta nos tribunais, buscando anular decisões que favorecem Textor. O futuro do Botafogo permanece incerto, com a possibilidade de mudanças significativas na sua gestão e estrutura financeira.