- O dançarino Gugu Hawaiano foi detido durante uma operação policial na Cidade de Deus, Rio de Janeiro, na tarde de sexta-feira, dezenove de setembro.
- A operação, realizada pela Coordenadoria de Recursos Especiais, tinha como alvo traficantes envolvidos no homicídio de um agente da polícia.
- Gugu foi ouvido e liberado, mas amigos e familiares afirmam que ele foi agredido pelos policiais.
- Um vídeo mostra Gugu algemado e ferido, gerando revolta entre moradores da comunidade.
- A operação resultou na morte de Mateus Inácio da Silva, conhecido como “MT”, e na apreensão de armas e drogas.
O dançarino Gugu Hawaiano, integrante do grupo de funk Os Hawaianos, foi detido durante uma operação policial na Cidade de Deus, no Rio de Janeiro, na tarde de sexta-feira (19). A ação, realizada pela Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), visava capturar traficantes envolvidos no homicídio de um agente da polícia. Gugu foi ouvido e liberado, mas amigos e familiares alegam que ele foi agredido pelos policiais.
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra Gugu algemado, com o rosto ferido e ensanguentado, sendo puxado por um agente. A esposa do dançarino aparece visivelmente abalada nas imagens. Uma moradora da comunidade expressou indignação: “Olha o que eles fazem com o trabalhador. Isso é maior covardia”. O coreógrafo Jonas Emanuel, também do grupo, lamentou a situação, afirmando que Gugu é um artista e não um criminoso.
Contexto da Operação
A operação policial tinha como objetivo prender Mateus Inácio da Silva, conhecido como “MT”, um criminoso com 17 anotações criminais. Ele foi morto durante o confronto com os agentes. A ação resultou na apreensão de um fuzil, explosivos e uma grande quantidade de drogas. Helicópteros sobrevoaram a área e moradores relataram tiroteios, com a Rua Edgard Werneck interditada por uma hora.
Gugu Hawaiano, que ganhou notoriedade nos anos 2000 com o grupo, voltou à cena musical em 2022 com o hit “Desenrola, bate, joga de ladin”. A repercussão da detenção e agressão ao dançarino gerou protestos nas redes sociais, evidenciando a tensão entre a comunidade e as forças de segurança na região.