- O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou uma campanha para destacar sua atuação no combate ao crime organizado.
- A campanha foca na megaoperação Carbono Oculto, considerada a maior ação contra o crime no Brasil, que desarticulou um esquema de fraudes fiscais e lavagem de dinheiro.
- A operação, deflagrada em agosto, envolveu a Polícia Federal, a Receita Federal e Ministérios Públicos de pelo menos dez estados, visando desmantelar atividades do Primeiro Comando da Capital (PCC).
- A ação resultou em mandados de busca e apreensão contra cerca de 350 alvos e bloqueio de mais de R$ 1 bilhão em bens.
- Apesar do destaque da operação, a oposição critica a lentidão na tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, que está parada no Congresso.
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lançou uma campanha para destacar sua atuação no combate ao crime organizado, em meio a críticas da oposição sobre a inércia na segurança pública. A ação é centrada na megaoperação Carbono Oculto, considerada a maior já realizada no Brasil, que visa desarticular um esquema bilionário de fraudes fiscais e lavagem de dinheiro.
Deflagrada em agosto, a operação envolveu a Polícia Federal, a Receita Federal e Ministérios Públicos de pelo menos dez estados, com o objetivo de desmantelar atividades do Primeiro Comando da Capital (PCC) nos setores de combustíveis e financeiro. Durante o anúncio, Lula afirmou que a operação representa “a maior resposta do Estado brasileiro ao crime organizado”, uma declaração que surge em um contexto de pressão política e tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, que está parada no Congresso.
Detalhes da Operação
A operação Carbono Oculto resultou em mandados de busca e apreensão contra cerca de 350 alvos e bloqueio judicial de mais de R$ 1 bilhão em bens, incluindo imóveis e veículos. As investigações revelaram um esquema complexo de sonegação e lavagem de dinheiro, que envolvia desde a importação até a comercialização de combustíveis. A Receita Federal estima que, entre 2020 e 2024, o grupo movimentou cifras bilionárias em fraudes.
Além disso, a operação expôs a utilização de fintechs como “bancos digitais paralelos”, que facilitavam a ocultação patrimonial e o reinvestimento em fundos de investimento que controlavam usinas e outros ativos. Apesar do destaque dado pelo governo, a colaboração de governos estaduais, especialmente o de São Paulo, não foi mencionada na propaganda oficial.
Repercussões e Críticas
A campanha do governo busca capitalizar os resultados da operação em um momento em que a segurança pública é uma das principais preocupações da população. No entanto, a oposição continua a criticar a falta de ações efetivas e a lentidão na tramitação da PEC da Segurança Pública. A pressão política sobre o governo deve continuar, especialmente com a expectativa de novas operações e medidas no combate ao crime organizado.