- O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, embarca neste domingo (21) para a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York.
- O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, decidiu não acompanhar Lula devido à votação do projeto de isenção do Imposto de Renda no Congresso Nacional.
- O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, também desistiu da viagem, citando as restrições impostas pelo governo dos Estados Unidos como “inaceitáveis”.
- As tensões entre o Brasil e a administração de Donald Trump aumentaram com a imposição de uma sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros e sanções a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
- Lula afirmou que não tem “problema pessoal” com Trump e que o cumprimentaria se o encontrasse.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarca neste domingo (21) para a Assembleia Geral da ONU em Nova York, mas não contará com a presença de dois ministros em sua comitiva. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, decidiu permanecer no Brasil devido à votação do projeto de isenção do Imposto de Renda no Congresso Nacional. Haddad afirmou que sua ausência se deve à “possibilidade” de votação na próxima semana.
Além disso, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, também desistiu de acompanhar Lula, citando as restrições impostas pelo governo dos Estados Unidos. Padilha classificou as medidas como “inaceitáveis” e “uma afronta”, o que impede sua participação nos eventos da ONU.
A viagem de Lula ocorre em um contexto de tensões com a administração de Donald Trump, que recentemente impôs uma sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros e sancionou ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Em entrevista, Lula declarou que não tem “problema pessoal” com Trump e que, se encontrá-lo, irá cumprimentá-lo, reafirmando sua postura diplomática.
O projeto de isenção do Imposto de Renda, que amplia a faixa de isenção para R$ 5 mil, é uma das promessas de campanha de Lula. Caso aprovado, estima-se que cerca de 10 milhões de contribuintes deixariam de pagar o imposto em 2026, com a expectativa de que 87% da população não pague IRPF. A proposta já recebeu urgência na Câmara dos Deputados e pode ser votada em breve.