- A Polícia de São Paulo investiga a possível participação de Fernando Gonçalves dos Santos, conhecido como “Azul”, na morte do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes.
- O crime ocorreu em Praia Grande e envolveu pelo menos seis criminosos.
- Azul, líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), foi libertado recentemente após cumprir pena por diversos crimes.
- Ruy Ferraz Fontes, que atuou contra o PCC, tinha desafetos no setor imobiliário e já havia recebido ameaças à sua vida.
- A ação foi planejada, com uso de veículos roubados, e a participação da facção criminosa no assassinato é considerada indiscutível.
A Polícia de São Paulo investiga a possível participação de Fernando Gonçalves dos Santos, conhecido como “Azul”, na emboscada que resultou na morte do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes. O crime ocorreu na última segunda-feira, em Praia Grande, e envolveu pelo menos seis criminosos. Azul, uma liderança do Primeiro Comando da Capital (PCC), deixou recentemente o sistema prisional, onde cumpriu pena por diversos crimes, incluindo tráfico de drogas e associação criminosa.
Fontes, que atuou contra o PCC nos anos 2000, era secretário municipal de Administração em Praia Grande e tinha acumulado desafetos, especialmente no setor imobiliário. A investigação aponta que a ação foi planejada e coordenada, com os assassinos utilizando dois veículos roubados semanas antes do crime. Um dos carros foi recuperado logo após a execução, enquanto o segundo foi encontrado abandonado, contendo impressões digitais que podem ajudar na identificação dos envolvidos.
O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou que a participação da facção criminosa no assassinato é indiscutível. A motivação pode estar relacionada tanto à atuação de Fontes no combate ao crime organizado quanto a ações recentes na administração municipal. Azul, que é tio de Allan de Morais Santos, um membro do PCC morto em 2022, possui um histórico de envolvimento em crimes na Baixada Santista, região onde o ex-delegado foi assassinado.
A célula do PCC responsável por ações contra agentes de segurança é conhecida como “restrita tática”, composta por integrantes treinados para operações com explosivos e armamentos pesados. Fontes já havia sido alertado sobre ameaças à sua vida, mas a informação não foi divulgada publicamente. A Polícia Federal desmantelou um plano de execução contra ele em março de 2023, revelando a gravidade da situação.