- O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar da Costa Neto, não descartou a candidatura de Michelle Bolsonaro à presidência em 2026.
- Valdemar afirmou que Jair Bolsonaro é imprevisível e que “todo mundo tem chance” de ser escolhido.
- Ele elogiou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, mas ressaltou que a decisão final sobre a candidatura cabe a Bolsonaro.
- O PL planeja obstruir os trabalhos no Senado se a proposta de anistia não avançar, utilizando sua bancada de 45 senadores.
- A Câmara dos Deputados aprovou um requerimento de urgência para acelerar a tramitação da anistia, mas o relator do projeto, Paulinho da Força, pretende mudar o foco, o que é rejeitado pelo PL.
O presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, não descartou a possibilidade de Michelle Bolsonaro ser a candidata do partido à presidência em 2026. Em entrevista à Folha de S.Paulo, Valdemar destacou que Jair Bolsonaro é imprevisível e que “todo mundo tem chance” de ser escolhido. Ele também elogiou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, mas enfatizou que a decisão final cabe ao ex-presidente.
Tarcísio tem se posicionado como um articulador da anistia, buscando apoio entre partidos da direita e do Centrão, enquanto mantém lealdade a Bolsonaro. Apesar de ser considerado um candidato forte, enfrenta resistência dentro do clã Bolsonaro, especialmente do deputado Eduardo Bolsonaro. Valdemar acredita que Eduardo aceitará a indicação do pai, independentemente de quem seja.
Anistia e Obstrução no Senado
Valdemar também comentou sobre a estratégia do PL em relação à anistia. Se a proposta for aprovada na Câmara, mas não avançar no Senado, o partido planeja obstruir os trabalhos na Casa. “Temos uma arma. A única coisa que podemos fazer, dentro da lei, é a obstrução”, afirmou, destacando que o PL possui 45 senadores para essa ação.
Na última quarta-feira, a Câmara aprovou um requerimento de urgência para acelerar a tramitação da anistia. No entanto, o relator do projeto, Paulinho da Força, pretende mudar o foco, buscando uma redução das penas, o que é rejeitado pelo PL. Valdemar reiterou que o partido deseja uma anistia geral e irrestrita para reabilitar Bolsonaro, afirmando que “queremos o Bolsonaro”.