- Conrado Paulino da Rosa, professor de direito e advogado em Porto Alegre, foi demitido da Fundação Escola Superior do Ministério Público (FMP) após denúncias de crimes sexuais.
- Seis mulheres alegam terem sido vítimas dele, com relatos de estupros e violência psicológica.
- A Polícia Civil investiga os casos, que ocorreram entre 2013 e 2025, e a delegada Fernanda Campos Hablich está à frente da apuração.
- Quatro vítimas relataram experiências de abuso em entrevistas, incluindo um caso de estupro após uma festa.
- A FMP afirmou que a demissão foi administrativa e reafirmou seu compromisso com a ética e segurança no ambiente acadêmico.
Conrado Paulino da Rosa, professor de direito e advogado em Porto Alegre, foi demitido da Fundação Escola Superior do Ministério Público (FMP) após denúncias de crimes sexuais. Seis mulheres alegam terem sido vítimas dele, com relatos que incluem estupros e violência psicológica. A demissão ocorreu na quinta-feira, 18, e a FMP não divulgou o motivo, mas a decisão foi confirmada pela RBS TV após o início da investigação policial.
A Polícia Civil investiga os casos, que teriam ocorrido entre 2013 e 2025. As vítimas prestaram depoimento e a delegada Fernanda Campos Hablich está à frente da apuração. Os relatos incluem agressões durante relações sexuais e manipulação psicológica, com a defesa do professor afirmando que não há fatos penalmente relevantes. A defesa também destacou que o professor confia na apuração e na apresentação de provas que comprovem sua inocência.
Relatos das Vítimas
Quatro das vítimas concederam entrevistas à RBS TV, compartilhando experiências de abuso. Uma delas relatou ter sido estuprada após uma festa, onde o professor teria lhe dado uma bebida que a fez passar mal. Outra mulher descreveu um relacionamento que começou de forma ideal, mas rapidamente se transformou em um pesadelo, com episódios de violência física e psicológica.
As vítimas, representadas pela advogada Gabriela Souza, afirmaram que todas as medidas judiciais cabíveis foram tomadas e que se manifestarão apenas perante as autoridades. A FMP reiterou seu compromisso com a ética e a segurança no ambiente acadêmico, afirmando que o desligamento do professor foi administrativo e sem juízo antecipado sobre responsabilidades.
Contexto e Repercussão
O caso começou com uma denúncia anônima, levando a polícia a convocar mulheres que tiveram relação com Conrado para depor. As vítimas são incentivadas a registrar boletins de ocorrência, podendo fazê-lo presencialmente ou pela Delegacia Online. A defesa do professor, por sua vez, reafirma a presunção de inocência e critica a divulgação de informações sigilosas sem autorização.
A situação gerou um debate sobre a violência contra a mulher e a importância de denunciar abusos. As vítimas destacam que o silêncio apenas protege os agressores e que é fundamental buscar ajuda em casos de relacionamentos abusivos.