- O movimento satanista internacional foi classificado como organização extremista pela Rosfinmonitoring, agência russa de monitoramento financeiro.
- A decisão segue a proibição do movimento pela Suprema Corte da Rússia, ocorrida há dois meses.
- O movimento não possui estrutura formal, nem no país nem internacionalmente.
- A inclusão na lista de entidades extremistas resulta no congelamento de fundos associados e na proibição de operações financeiras na Rússia.
- O patriarca da Igreja Ortodoxa Russa, Cirilo, defendeu a rotulação, afirmando que a ideologia satanista destrói a identidade nacional e provoca divisões sociais.
O movimento satanista internacional foi recentemente classificado como uma organização extremista pela Rosfinmonitoring, a agência russa responsável pelo monitoramento financeiro. A decisão segue a proibição do movimento pela Suprema Corte da Rússia, ocorrida há dois meses. Curiosamente, o movimento não possui uma estrutura formal, nem no país nem internacionalmente.
A inclusão na lista de entidades extremistas implica que fundos associados a indivíduos ou organizações listadas serão congelados, e essas entidades não poderão realizar operações financeiras na Rússia. A Rosfinmonitoring ainda não se manifestou sobre essa nova classificação. O patriarca da Igreja Ortodoxa Russa, Cirilo, já havia defendido a rotulação dos satanistas como extremistas, alegando que sua ideologia destrói a identidade nacional e provoca divisões sociais.
Contexto de Repressão
A decisão da Suprema Corte se alinha a uma tendência mais ampla de repressão a grupos considerados não convencionais na Rússia. Em 2023, o movimento internacional público LGBT também foi classificado como extremista, resultando em prisões e perseguições. A Human Rights Watch denunciou que as autoridades russas utilizam o sistema judiciário para impor uma agenda conservadora, violando direitos fundamentais.
A experiência russa de rotular grupos não estruturados como extremistas não é única. Recentemente, o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, expressou a intenção de classificar o movimento Antifa como uma organização terrorista, embora, assim como os satanistas, não exista uma entidade formal. Essa abordagem reflete uma estratégia de controle social que busca silenciar vozes dissidentes e promover uma narrativa conservadora.