- A ativista indígena Txai Suruí pediu ao Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) que intervenha nas violações de direitos humanos na Terra Indígena Uru Eu Wau Wau, em Rondônia.
- Ela solicitou a desintrusão definitiva do território invadido por não indígenas durante sua fala na manhã de sexta-feira.
- Desde 2020, os povos indígenas da região denunciam a ocupação ilegal de suas terras.
- Txai Suruí, representando a ONG Conectas Direitos Humanos, destacou a urgência da retirada dos invasores, conforme determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).
- As organizações pedem que o Conselho de Direitos Humanos inste o Brasil a garantir a proteção dos líderes indígenas e a efetividade das medidas do STF.
O Conselho de Direitos Humanos da ONU foi acionado para intervir nas violações de direitos humanos enfrentadas pelos povos da Terra Indígena Uru Eu Wau Wau, em Rondônia. A ativista indígena Txai Suruí fez um apelo durante sua fala na manhã desta sexta-feira, solicitando a desintrusão definitiva do território invadido por não indígenas.
Desde 2020, os indígenas da região têm denunciado a ocupação ilegal de suas terras. A ativista, representando a ONG Conectas Direitos Humanos e outras associações, enfatizou a necessidade de ação do governo brasileiro para garantir a retirada dos invasores, conforme determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). A desintrusão, que já está em andamento, é vista como uma questão urgente para a proteção dos direitos dos povos indígenas.
Júlia Neiva, diretora da Conectas, destacou a importância da ONU como um canal para denunciar a ineficácia do Estado em proteger os direitos humanos. A ativista Txai Suruí ressaltou que a comunidade internacional deve ouvir as vozes dos povos indígenas, que enfrentam uma relação de assimetria com seus agressores.
As organizações envolvidas pedem que o Conselho de Direitos Humanos inste o Brasil a garantir a retirada completa dos invasores e a proteção da integridade física dos líderes indígenas. O foco está na área conhecida como Burareiro, onde as invasões têm sido mais frequentes. A efetividade das medidas do STF e o engajamento com os povos indígenas são considerados essenciais para a resolução do conflito.