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União Brasil deixa governo Lula e ameaça agenda econômica do país

União Brasil exige que filiados deixem cargos em 24 horas, dificultando a articulação política do governo e fortalecendo o Centrão.

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Deputado Celso Sabino faz discurso na tribuna do plenário (Foto: Reprodução)
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  • O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta uma crise política após o rompimento do União Brasil, que deu um prazo de 24 horas para seus filiados deixarem os cargos na administração federal.
  • A decisão, aprovada por unanimidade, afeta diretamente o ministro do Turismo, Celso Sabino, indicado pela bancada do partido na Câmara.
  • Com mais de cinquenta deputados e sete senadores, o União Brasil é uma das maiores bancadas do Congresso, e sua saída compromete a articulação do governo em projetos essenciais, como a reforma tributária.
  • O rompimento fortalece o Centrão, que já pressiona o governo por mais cargos e recursos, especialmente com a aproximação das eleições.
  • A instabilidade política gera preocupações no mercado, aumentando a incerteza sobre a aprovação de medidas fiscais e de controle da dívida pública.

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrenta uma crise política significativa com o rompimento do União Brasil. Nesta quinta-feira (18), o partido deu um prazo de 24 horas para que seus filiados deixem os cargos na administração federal, sob pena de punições por infidelidade partidária. A decisão, aprovada por unanimidade pela direção nacional, afeta diretamente o ministro do Turismo, Celso Sabino, que foi indicado pela bancada do partido na Câmara.

Com mais de 50 deputados e sete senadores, o União Brasil é uma das maiores bancadas do Congresso. A ruptura compromete a articulação do governo em projetos essenciais, como a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e a reforma tributária. Sem o apoio da sigla, a base aliada do governo perde força em votações que impactam diretamente o orçamento.

Fortalecimento do Centrão

A saída do União Brasil fortalece o Centrão, que já pressiona o governo por mais cargos e recursos, especialmente com a aproximação das eleições. Os presidentes do PP e do União Brasil já sinalizaram que não apoiarão Lula em 2026, defendendo uma candidatura única da centro-direita. O partido está considerando o nome do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, enquanto outros no Centrão articulam em torno de Tarcísio de Freitas, visto como um forte concorrente.

A situação coloca Lula em um dilema: ceder mais espaço ao Centrão para recompor sua base ou arriscar a paralisia no Congresso. O impasse surge em um momento crítico, a menos de dois anos das eleições municipais, quando muitos aliados devem deixar seus cargos para concorrer a prefeituras, reduzindo ainda mais a margem de negociação.

Impacto no Mercado

A instabilidade política gera preocupações no mercado, aumentando a incerteza sobre a aprovação de medidas fiscais e de controle da dívida pública. Essas medidas são fundamentais para manter a previsibilidade e a confiança na economia. Sem avanços no Congresso, o governo pode perder tração em sua agenda econômica, especialmente em um período em que busca consolidar apoio para um possível projeto de reeleição.

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