- A deputada federal Carla Zambelli está presa na Itália desde julho, após fugir do Brasil.
- Ela foi condenada por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com a ajuda de um hacker.
- O projeto de anistia ampla em discussão no Congresso não a inclui, pois sua condenação não é por atos antidemocráticos.
- O líder do Partido Liberal (PL), Sóstenes Cavalcante, afirmou que Zambelli não se enquadra nas condições do projeto.
- Aliados de Zambelli a consideram uma perseguida política e alguns senadores visitaram-na na prisão para verificar suas condições de detenção.
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) permanece presa na Itália desde julho, após ter fugido do Brasil. Ela foi condenada por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em um caso que envolveu o hacker Walter Delgatti Neto.
O projeto de anistia ampla em discussão no Congresso, que visa beneficiar condenados por atos antidemocráticos, não inclui Zambelli. O líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou que a deputada não se enquadra nas condições do projeto, uma vez que sua condenação não está relacionada a crimes contra a democracia. O relator do projeto, Paulinho da Força (Solidariedade-SP), também destacou que a proposta deve focar na redução de penas, e não em uma anistia geral.
Os aliados de Zambelli, no entanto, insistem que ela é uma perseguida política. Recentemente, senadores como Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Damares Alves (Republicanos-DF) visitaram a deputada na prisão, com o intuito de verificar suas condições de detenção. Zambelli foi capturada na Itália após um período de foragida na Europa, e a Justiça italiana decidiu mantê-la presa enquanto aguarda a análise de seu pedido de extradição ao Brasil.
O debate sobre a anistia continua na Câmara dos Deputados, onde a urgência do projeto já foi aprovada. Contudo, a proposta enfrenta resistência, especialmente entre os membros do PL, que não aceitam a ideia de uma anistia que não inclua Zambelli.