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Cultura se mobiliza e intensifica pedidos de boicote contra Israel

Artistas ocidentais, como Khalid Abdalla e Massive Attack, pedem boicote a Israel em resposta à guerra em Gaza, comparando à luta contra o apartheid na África do Sul.

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Ator britânico Khalid Abdalla participa de protesto pró-Palestina em Londres (Foto: Reprodução)
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  • Músicos, atores e escritores de países ocidentais pedem um boicote a Israel em resposta à guerra em Gaza.
  • Celebridades como Khalid Abdalla e o grupo Massive Attack buscam replicar o boicote ao apartheid na África do Sul.
  • Abdalla, conhecido por seus papéis em “O Caçador de Pipas” e “The Crown”, é signatário de uma carta aberta da “Film Workers for Palestine”, apoiada por artistas como Javier Bardem e Emma Stone.
  • O Massive Attack anunciou que retirará suas músicas de plataformas em Israel, enquanto o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, defendeu um boicote ao Eurovision.
  • Historiadores e sociólogos comparam a situação atual ao movimento antiapartheid, enquanto o governo israelense responde a pedidos de boicote com alegações de antissemitismo.

Músicos, atores e escritores de países ocidentais intensificam o pedido por um boicote a Israel em resposta à guerra em Gaza. Celebridades como Khalid Abdalla e o grupo Massive Attack buscam emular o sucesso do boicote ao apartheid na África do Sul. A pressão cultural surge em um momento em que governos hesitam em impor sanções a Israel, um aliado estratégico do Ocidente.

Khalid Abdalla, ator britânico conhecido por seus papéis em “O Caçador de Pipas” e “The Crown”, afirmou que o mundo está em um “ponto de inflexão”. Ele é um dos signatários de uma carta aberta da “Film Workers for Palestine”, que conta com apoio de estrelas como Javier Bardem e Emma Stone. Na carta, publicada no jornal britânico The Guardian, os artistas prometem não trabalhar com instituições israelenses “envolvidas no genocídio” em Gaza.

Reações e Contexto

O conflito em Gaza também foi mencionado em eventos recentes, como a cerimônia do Emmy e o Festival de Veneza. Abdalla destacou que a mobilização não se limita ao setor cinematográfico, abrangendo também a música. O Massive Attack anunciou que retirará suas músicas de plataformas em Israel, enquanto o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, defendeu um boicote ao Eurovision.

Historiadores e sociólogos, como Hakan Thorn, comparam a situação atual ao movimento antiapartheid. O boicote à África do Sul começou na década de 1960, após o massacre de Sharpeville, e levou décadas para resultar em mudanças significativas. Thorn observa que a resistência de figuras públicas em se posicionar sobre a guerra em Gaza é influenciada pela história do Holocausto e acusações de antissemitismo.

Consequências e Desafios

O governo israelense frequentemente responde a esses pedidos com alegações de antissemitismo, dificultando a mobilização. David Feldman, diretor do Instituto para o Estudo do Antissemitismo, afirma que associar o boicote a Israel ao antissemitismo é um erro. Ele ressalta que o boicote é uma forma de protesto contra a destruição em Gaza.

Artistas israelenses expressam preocupação com as repercussões do boicote. O cineasta Hagai Levi, conhecido por suas séries de sucesso, mencionou que a maioria da comunidade artística é contrária à guerra, mas enfrenta dificuldades. O boicote, segundo ele, pode enfraquecer ainda mais essas vozes.

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