- A PEC da Blindagem foi aprovada na Câmara dos Deputados, gerando controvérsias.
- Parlamentares que votaram a favor recuaram e pediram desculpas, alegando pressão e ameaças.
- A esquerda mobilizou artistas e entidades da sociedade civil contra a proposta, resultando em forte atividade nas redes sociais.
- A deputada Silvye Alves (União-GO) anunciou que deixará seu partido após mudar seu voto sob pressão.
- Os deputados Merlong Solano (PT-PI) e Pedro Campos (PSB-PE) protocolaram um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal para anular a votação da PEC.
A pressão nas redes sociais contra a PEC da Blindagem, aprovada na Câmara dos Deputados, resultou em um recuo de parlamentares que inicialmente votaram a favor da proposta. Artistas e entidades da sociedade civil mobilizaram-se fortemente, levando a uma vitória da esquerda nas plataformas digitais.
Desde a aprovação da PEC, quase 1,6 milhão de menções foram registradas, com a maioria vinda da plataforma X. A análise da consultoria Bites indica que a discussão foi dominada por vozes progressistas, embora o engajamento tenha sido limitado a perfis politicamente ativos. A deputada Silvye Alves (União-GO) anunciou que deixará seu partido após receber ameaças de retaliação por mudar seu voto. Em um vídeo, ela admitiu ter cedido à pressão de “pessoas influentes” do Congresso.
O deputado Merlong Solano (PT-PI) também se manifestou, explicando que seu voto favorável visava impedir a anistia e viabilizar pautas importantes, mas reconheceu que o acordo político não funcionou. Ele e o deputado Pedro Campos (PSB-PE) protocolaram um mandado de segurança no STF para anular a votação. Campos afirmou que a PEC foi aprovada com manobras que reverteram avanços anteriores, como o voto secreto.
O deputado Thiago de Joaldo (PP-SE) expressou arrependimento, afirmando que não pretendia proteger criminosos. A mobilização contrária à PEC incluiu figuras como Anitta e Caetano Veloso, que criticaram a proposta. O diretor-adjunto da Bites, André Eler, destacou que a pressão nas redes ajudou a consolidar uma oposição no Senado, incluindo parlamentares da direita. A mobilização, embora restrita, demonstrou a relevância do movimento progressista nas redes sociais.