- Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, foi assassinado em uma emboscada em Praia Grande na noite de segunda-feira, 15.
- Ele foi atacado por criminosos armados com fuzis ao deixar seu trabalho na prefeitura.
- A força-tarefa da polícia identificou sete suspeitos e prendeu três deles, incluindo Dahesly Oliveira Pires, que transportou fuzis usados no crime.
- As investigações indicam que o crime pode estar ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC), especialmente devido ao histórico de Ruy no combate ao crime organizado.
- O corpo de Ruy foi velado na Assembleia Legislativa de São Paulo e sepultado no Cemitério da Paz.
Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, foi assassinado em uma emboscada em Praia Grande na noite de segunda-feira, 15. Ele foi atacado por criminosos armados com fuzis ao deixar seu trabalho na prefeitura. A força-tarefa da polícia já identificou sete suspeitos e prendeu três deles.
O ataque ocorreu quando Ruy, conhecido como “Dr. Ruy”, foi perseguido por dois veículos. Ele perdeu o controle do carro, colidiu com um ônibus e capotou. Os criminosos, ao menos seis, desceram dos veículos e dispararam contra o ex-delegado, que tinha um histórico de combate ao crime organizado, especialmente ao PCC.
As investigações revelaram que os primeiros suspeitos identificados foram Felipe Avelino da Silva, de 33 anos, e Flávio Henrique Ferreira de Souza, de 24 anos. Ambos estão foragidos. Felipe, conhecido como “Mascherano”, possui antecedentes criminais e é ligado ao PCC. A polícia também prendeu Dahesly Oliveira Pires, de 25 anos, que transportou fuzis usados no crime, e Luiz Henrique Santos Batista, de 24 anos, que ajudou na fuga dos executores.
Investigação em Andamento
A polícia está apurando se o crime foi motivado pela atuação de Ruy contra o PCC ou por sua função na prefeitura. Além disso, a Justiça autorizou a prisão de Willian Silva Marques, de 36 anos, dono do imóvel de onde saiu um dos fuzis. Ele é irmão de um policial militar, cuja participação no crime foi descartada.
O diretor-geral da Polícia Civil, Artur José Dian, mencionou a possibilidade de envolvimento de Fernando Gonçalves dos Santos, um dos chefes do PCC na Baixada Santista. Ruy, que atuou por mais de 40 anos na polícia, não tinha escolta desde que deixou o cargo em 2022. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, lamentou a morte e instaurou uma força-tarefa para elucidar o caso.
O corpo de Ruy foi velado na Assembleia Legislativa de São Paulo e sepultado no Cemitério da Paz. A execução do ex-delegado levanta questões sobre a proteção de autoridades que combatem o crime organizado após deixarem a vida pública.