- O vereador Thomaz Henrique criticou a exclusão da jornalista Milly Lacombe da 11ª edição da Festa Litero Musical de São José dos Campos (Flim).
- A decisão levou ao adiamento do festival, anunciado pelo prefeito Anderson Farias.
- Thomaz, que já enfrentou um processo de cassação por discurso de ódio, afirmou que sua posição é uma defesa contra discursos considerados odiosos.
- Ele justificou a exclusão de Lacombe com base em críticas que a jornalista fez à família tradicional, alegando que o problema é o conteúdo ofensivo.
- Milly Lacombe se defendeu, dizendo que os trechos usados para justificar sua exclusão foram tirados de contexto e que suas manifestações visavam promover inclusão e respeito.
O vereador Thomaz Henrique (PL) voltou a ser o centro de uma polêmica ao criticar a exclusão da jornalista Milly Lacombe da 11ª edição da Flim (Festa Litero Musical de São José dos Campos). A decisão de excluir a jornalista, que gerou protestos e cancelamentos de participantes, levou ao adiamento do festival, anunciado na última quarta-feira (17) pelo prefeito Anderson Farias (PSD).
Thomaz, que já enfrentou um processo de cassação por discurso de ódio, afirmou que sua posição não é censura, mas uma defesa contra discursos considerados odiosos. Ele declarou: “Não posso mentir, fui o estopim”, referindo-se ao vídeo que publicou, onde critica o discurso de Lacombe. O vereador lamentou o adiamento do evento, mas reafirmou que a decisão foi um reflexo da vontade da cidade.
Críticas e Justificativas
A exclusão de Milly Lacombe foi justificada por Thomaz com base em trechos de suas falas, onde a jornalista critica a família tradicional. Ele argumentou que o problema não é a orientação política, mas sim o conteúdo que considera ofensivo. “O problema é o discurso de ódio,” disse ele, referindo-se a críticas que a jornalista fez sobre a estrutura familiar.
Por outro lado, Milly Lacombe defendeu-se, afirmando que os trechos utilizados para justificar sua exclusão foram “desonestos” e tirados de contexto. A jornalista enfatizou que suas manifestações visavam promover inclusão e respeito.
Histórico Controverso
Thomaz Henrique não é novo em controvérsias. Em 2022, ele fez declarações polêmicas sobre o regime militar, sugerindo que a repressão poderia ter evitado problemas atuais no Brasil. Ele se refere ao golpe de 1964 como uma “revolução”, desconsiderando as violações de direitos humanos que ocorreram durante a ditadura militar, reconhecidas por instituições como a Comissão Nacional da Verdade.
A situação em torno da Flim e a postura de Thomaz Henrique levantam questões sobre liberdade de expressão e os limites do discurso público, refletindo um cenário polarizado na política brasileira atual.