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Disputa orçamentária revela complexidade além das emendas parlamentares

Proposta destina R$ 4,3 trilhões ao orçamento fiscal, com 92,4% das despesas primárias sendo obrigatórias e crescente protagonismo do Legislativo.

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Presidente Lula e ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em evento no Palácio do Planalto (Foto: Reprodução)
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  • O governo federal apresentou a Proposta de Lei Orçamentária Anual (PLOA) para 2026, com previsão de arrecadação de R$ 6,5 trilhões.
  • Desses, R$ 4,3 trilhões serão destinados ao orçamento fiscal, excluindo seguridade social e investimentos de estatais.
  • A proposta indica que 92,4% das despesas primárias são obrigatórias, aumentando a pressão sobre o orçamento.
  • O Legislativo terá um papel crescente no orçamento, com emendas parlamentares vinculadas à Receita Corrente Líquida (RCL).
  • Parte dos recursos pode ser redirecionada para o Fundo Especial de Financiamento de Campanhas (FEFC) em anos eleitorais.

O governo federal apresentou, no final de agosto, a Proposta de Lei Orçamentária Anual (PLOA) para 2026, que prevê uma arrecadação de R$ 6,5 trilhões. Deste total, R$ 4,3 trilhões serão destinados ao orçamento fiscal, excluindo despesas com seguridade social e investimentos de estatais. A proposta destaca que 92,4% das despesas primárias são obrigatórias, refletindo a crescente pressão sobre o orçamento.

A discussão orçamentária atual gira em torno da vinculação de recursos, onde diferentes grupos de interesse buscam garantir percentuais do orçamento para suas agendas. O governo enfrenta obrigações significativas, como o pagamento de aposentadorias, benefícios e repasses a estados e municípios. Além disso, 15% da Receita Corrente Líquida (RCL) é destinado à saúde, conforme a Emenda Constitucional 86 de 2015, e 18% da Receita Líquida de Impostos vai para a educação, com previsão de aumento para 23% em 2027.

Protagonismo do Legislativo

Com o aumento das despesas obrigatórias, o Legislativo ganha protagonismo no orçamento. A vinculação das emendas parlamentares à RCL é uma estratégia para garantir recursos. 2% da RCL deve ser alocado para emendas individuais e 1% para emendas de bancadas. Em anos eleitorais, parte desses recursos pode ser redirecionada para o Fundo Especial de Financiamento de Campanhas (FEFC).

A pressão por novos projetos que aumentam as despesas do Executivo, como subsídios e auxílios, reduz a discricionariedade orçamentária. A falta de incremento na receita, como a tentativa de alteração das alíquotas do IOF, torna as emendas parlamentares uma alternativa viável para acessar recursos não carimbados. A participação do Legislativo no orçamento é parte do processo político, mas é essencial estabelecer regras claras e garantir a transparência no uso dos recursos. A atuação do Tribunal de Contas da União (TCU) e do Supremo Tribunal Federal (STF) é crucial nesse contexto.

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