- Cristian Alexis González Gallego, conhecido como Lámpara, foi acusado de assassinar seu hijastro em Medellín.
- O crime ocorreu em 13 de setembro e gerou indignação pública.
- Lámpara, com histórico de condenação por homicídio e anotações por violência, agrediu o menino após uma discussão.
- O garoto ficou internado por três dias, mas não sobreviveu aos ferimentos.
- O caso evidencia falhas no sistema de proteção infantil, que não interveio apesar de denúncias de abusos frequentes.
Cristian Alexis González Gallego, conhecido como Lámpara, foi acusado de assassinar seu hijastro de apenas quatro anos, Nairkel Aldraín Botia, em Medellín. O crime ocorreu no dia 13 de setembro e gerou grande indignação pública, levantando questões sobre a eficácia do sistema de proteção infantil no país.
Segundo a Fiscalía, Lámpara, que já possuía uma condenação por homicídio e várias anotações judiciais por violência e tráfico, agrediu brutalmente o menino após uma discussão. O ataque, motivado porque Nairkel não queria voltar a dormir, resultou em ferimentos fatais, incluindo um crânio quebrado. O garoto lutou pela vida por três dias em uma unidade de terapia intensiva, mas não sobreviveu.
A mãe de Nairkel também foi vítima de violência por parte de Lámpara, que a mantinha sob constante ameaça. Leidy Mariana Fernández, avó do menino, relatou que a mãe tentou defender o filho, mas foi agredida. Vizinhos confirmaram que os abusos eram frequentes, mas o sistema de proteção falhou em intervir.
O caso trouxe à tona a alarmante realidade da violência contra crianças na Colômbia. Dados do Instituto Nacional de Medicina Legal indicam que 370 menores foram assassinados até julho deste ano. Além disso, a maioria dos casos de violência contra crianças ocorre dentro do ambiente familiar, com 80% das violações de direitos acontecendo em contextos privados.
A situação é ainda mais crítica quando se observa que, em 2024, a Fiscalía recebeu mais de 27 mil denúncias de crimes sexuais envolvendo menores. Especialistas apontam que a impunidade pode chegar a 98% em casos de violência sexual, devido à lentidão dos processos judiciais e à falta de articulação entre as instituições responsáveis pela proteção infantil.
Lámpara foi preso e agora enfrenta acusações de homicídio agravado. O caso de Nairkel destaca a necessidade urgente de reformas no sistema de proteção à infância, que falhou em proteger uma criança de um ciclo de violência que já era evidente.