- O Partido Liberal (PL) enfrenta tensões internas, com destaque para a relação entre a liderança e os filhos de Jair Bolsonaro.
- O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, elogiou o prefeito do Rio, Eduardo Paes, e sugeriu que Carlos Bolsonaro renuncie ao cargo de vereador para concorrer ao Senado em Santa Catarina.
- Valdemar criticou Eduardo Bolsonaro, afirmando que sua candidatura por outro partido prejudica a imagem do pai.
- Carlos Bolsonaro ainda não confirmou a mudança de domicílio eleitoral, mas aliados consideram que ele pode concorrer ao Senado sem renunciar ao cargo no Rio.
- O PL planeja lançar duas candidaturas ao Senado no Rio, com Flávio Bolsonaro buscando reeleição e o governador Cláudio Castro como possível aliado.
Em meio a tensões internas, o PL, partido de Jair Bolsonaro, enfrenta um cenário conturbado. O presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, elogiou o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), e sugeriu que Carlos Bolsonaro renunciará ao cargo de vereador para concorrer ao Senado em Santa Catarina. As declarações de Valdemar provocaram desconforto entre os membros do partido, que negaram qualquer apoio a Paes.
Valdemar também trocou farpas com Eduardo Bolsonaro, ao afirmar que o deputado prejudica a imagem do pai ao considerar uma candidatura presidencial por outro partido. Em entrevista à Folha de S. Paulo, ele disse que Eduardo “iria matar o pai de vez” se deixasse o PL. Quanto a Carlos, Valdemar pressionou para que ele inicie sua campanha ao Senado, afirmando que já alugou um apartamento em Santa Catarina.
Conflitos Internos
Carlos Bolsonaro, que até agora só disputou eleições no Rio, tem feito visitas a municípios catarinenses, mas ainda não confirmou a mudança de domicílio eleitoral. Apesar da pressão, aliados de Carlos consideram a possibilidade de concorrer ao Senado sem renunciar ao cargo no Rio, já que a legislação não exige essa desincompatibilização para vereadores.
Valdemar também elogiou Paes, afirmando que ele é um “muito bom prefeito”, e sugeriu que há simpatia dentro do PL por uma candidatura do prefeito ao governo do Rio. No entanto, Bruno Bonetti, dirigente do PL no Rio, afirmou que a chance de apoio a Paes em 2026 é “zero”. Ele lembrou que o partido ajudou a eleger Paes em 2020, mas foi excluído do governo posteriormente.
Reações e Impasses
As declarações de Valdemar geraram reações nas redes sociais, com parlamentares do PL, como Márcio Gualberto, afirmando que jamais apoiariam Paes. O PL planeja lançar duas candidaturas ao Senado no Rio, com Flávio Bolsonaro buscando a reeleição e o governador Cláudio Castro como possível aliado.
Além disso, o partido discute alianças para a candidatura ao governo, considerando o presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (União), como rival de Paes. O clima de disputas internas no PL reflete a complexidade das articulações políticas que se desenrolam à medida que as eleições de 2026 se aproximam.