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Bolívia enfrenta aumento de assassinatos e violência ligada ao narcotráfico

A Bolívia produz entre 200 e 300 toneladas de cocaína anualmente, representando cerca de 15% da produção mundial.

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Polícia antinarcóticos de Bolivia custodia droga incautada em Santa Cruz (Foto: Reprodução)
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  • A Bolívia registrou 11 homicídios relacionados ao tráfico de drogas nos últimos três meses, principalmente em Santa Cruz de la Sierra.
  • O aumento da violência é atribuído à presença crescente de capos brasileiros e à descertificação do país pelos Estados Unidos na luta contra as drogas.
  • Entre os casos, destacam-se assassinatos com tiroteios intensos, incluindo o ataque a dois homens com 100 tiros e o assassinato de um coronel da polícia.
  • A Bolívia produz entre 200 e 300 toneladas de cocaína anualmente, representando cerca de 15% da produção mundial.
  • O governo boliviano desmantelou 241 fábricas de drogas e apreendeu 30 toneladas de substâncias ilícitas, enquanto busca acordos com Brasil e Argentina para fortalecer o controle nas fronteiras.

Bolívia enfrenta aumento da violência ligada ao tráfico de drogas

Nos últimos três meses, a Bolívia registrou 11 homicídios relacionados ao tráfico de drogas, principalmente em Santa Cruz de la Sierra. Este aumento da violência é atribuído à crescente presença de capos brasileiros e à recente descertificação do país pelos Estados Unidos na luta contra as drogas.

As mortes, frequentemente marcadas por tiroteios intensos, refletem um cenário alarmante. Entre os casos mais notáveis, dois homens com histórico de tráfico foram alvejados com 100 tiros em agosto. Além disso, um coronel da polícia, também acusado de narcotráfico, foi assassinado por homens encapuzados na mesma cidade. A situação se agrava com a identificação de redes internacionais de narcotráfico operando no país.

A descertificação da Bolívia, anunciada pelos EUA, destaca que o país produz entre 200 e 300 toneladas de cocaína anualmente, representando cerca de 15% da produção mundial. O governo boliviano criticou a decisão, alegando que os EUA agem como um juiz unilateral, ignorando seu próprio papel como um dos principais consumidores de drogas.

A resposta do governo

Em resposta à crescente violência, a Força Especial de Luta Contra o Narcotráfico (Felcn) informou ter desmantelado 241 fábricas de drogas e apreendido 30 toneladas de substâncias ilícitas ao longo do ano. O ministro de Governo, Roberto Ríos, negou a existência de estruturas criminosas dominando o território, mas reconheceu tentativas de capos de operar a partir do país.

A presença de líderes de organizações criminosas, como o Primeiro Comando da Capital (PCC) do Brasil, intensifica a preocupação. Relatos indicam que o traficante mais procurado do Brasil reside em Santa Cruz há uma década. Além disso, corpos de indivíduos de nacionalidade sérvia e macedônia, ligados ao narcotráfico, foram encontrados na cidade, evidenciando a complexidade do problema.

Desafios e propostas

A corrupção no sistema judicial boliviano é um fator que facilita a atuação de criminosos. O World Justice Project classificou a Bolívia como a nação mais corrupta da região. Escândalos envolvendo autoridades responsáveis pelo combate ao tráfico, como a extradição de ex-diretores da Felcn, reforçam essa percepção.

Para enfrentar a situação, o governo boliviano firmou acordos com Brasil e Argentina para fortalecer o controle nas fronteiras. Especialistas sugerem a necessidade de reformas, como a descentralização da polícia e a colaboração com forças internacionais de segurança. As eleições presidenciais de outubro também podem trazer novas abordagens para o combate ao narcotráfico, com candidatos enfatizando a importância de reforçar as instituições policiais.

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