- A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) deve se fortalecer com a chegada de informações sigilosas sobre 165 pessoas e empresas, incluindo dados financeiros e de comunicação.
- As informações, que incluem contas bancárias e registros de conversas, são esperadas nos próximos dias e podem impactar a investigação.
- Entre os alvos da CPI estão figuras próximas ao governo, como José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
- O presidente da CPI, Carlos Viana, e o relator, Alfredo Gaspar, agora têm mais poder para convocar depoimentos após a aprovação de requerimentos de quebra de sigilo.
- A CPI já enfrentou desafios, como o cancelamento de depoimentos de Antonio Carlos Camilo Antunes e Maurício Camisotti, que estão presos desde 12 de setembro.
A CPI do INSS deve ganhar força com a chegada de informações sigilosas sobre 165 pessoas e empresas, incluindo dados financeiros e de comunicação. As informações, que incluem contas bancárias e registros de conversas, são aguardadas para os próximos dias e podem impactar a investigação, que já enfrentou reveses nas primeiras semanas.
Os alvos da CPI incluem figuras próximas ao governo, como José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A oposição acredita que as novas informações podem levar a convocações de depoimentos de pessoas ligadas ao governo. Atualmente, os focos da investigação são Antonio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, e Maurício Camisotti, ambos presos desde 12 de setembro e apontados como operadores de um esquema de descontos.
O presidente da CPI, Carlos Viana (Podemos-MG), e o relator, Alfredo Gaspar (União-AL), têm agora mais poder para convocar depoimentos, após a aprovação em bloco de requerimentos de quebra de sigilo. Essa estratégia permite que Viana agende os depoimentos conforme necessário, enquanto Gaspar elabora o relatório final da CPI, que pode sugerir indiciamentos ao Ministério Público.
A CPI já enfrentou desafios, como o cancelamento de depoimentos de Antunes e Camisotti, que não compareceram após decisões do STF. Além disso, a defesa de Camisotti argumentou que não havia justificativa para sua prisão. A comissão também busca informações sobre o Sindnapi e a Contag, entidades com laços históricos com o PT, que podem ser convocadas para depor.
A expectativa é que as quebras de sigilo ajudem a esclarecer a origem dos descontos e a responsabilidade de figuras políticas, enquanto a oposição tenta vincular os problemas ao governo anterior de Jair Bolsonaro.