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Empresários franceses reagem contra proposta de taxa para super-ricos como ‘insana’

Proposta de imposto sobre grandes fortunas gera reações intensas entre empresários e apoio popular de 86% dos franceses.

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Bernard Arnault e Emmanuel Macron em um evento, com Arnault criticando uma nova taxa (Foto: Reprodução)
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  • Empresários franceses se opõem a uma proposta de imposto sobre grandes fortunas, defendida pelo Partido Socialista.
  • O imposto visa tributar pessoas com ativos acima de 100 milhões de euros em 2% ao ano, podendo gerar até 15 bilhões de euros anuais.
  • Críticos, como o empresário Bernard Arnault, afirmam que a medida pode prejudicar a economia francesa.
  • O setor de tecnologia também expressou preocupações, com empreendedores destacando que a taxa pode afetar startups em crescimento.
  • Apesar das críticas, uma pesquisa indica que 86% dos franceses apoiam a nova taxa, refletindo descontentamento com a administração de Emmanuel Macron.

Empresários franceses expressaram forte oposição à proposta de um novo imposto sobre grandes fortunas, defendida pelo Partido Socialista. A medida, que visa tributar pessoas com ativos superiores a 100 milhões de euros em 2% ao ano, poderia gerar até 15 bilhões de euros anuais. No entanto, críticos afirmam que a arrecadação real não ultrapassaria 5 bilhões de euros.

O empresário Bernard Arnault, proprietário do conglomerado de luxo LVMH, descreveu a proposta como um “desejo claro de destruir a economia francesa”. Ele criticou a iniciativa, afirmando que a ideologia por trás dela é “mortal para a economia”. Nicolas Dufourcq, do banco estatal Bpifrance, também se manifestou, chamando a proposta de “completamente insana”.

Reações do Setor Tecnológico

A proposta gerou preocupações entre empreendedores do setor de tecnologia. Éric Larchevêque, cofundador da Ledger, considerou a medida um ataque à liberdade e ao direito de propriedade. Ele destacou que a nova taxa poderia afetar startups em crescimento, que ainda não geram lucros ou distribuem dividendos. Philippe Corrot, cofundador da Mirakl, chamou a proposta de “absurda e perigosa”.

O imposto, apelidado de “taxa Zucman” em referência ao economista Gabriel Zucman, é visto como uma condição para que os socialistas apoiem o governo do primeiro-ministro Sébastien Lecornu. Zucman rebateu as críticas de Arnault, afirmando que a retórica utilizada deve preocupar a todos, especialmente em um momento de questionamento da liberdade acadêmica.

Contexto Político

A proposta surge em um contexto de descontentamento popular com a administração de Emmanuel Macron, que desde 2017 tem implementado cortes de impostos, sendo rotulado como “presidente dos ricos”. Uma pesquisa do instituto Ifop revelou que 86% dos franceses apoiam a nova taxa, evidenciando a pressão sobre o governo para reverter cortes de gastos. A situação atual desafia a agenda pró-negócios de Macron e mobiliza protestos de mais de meio milhão de cidadãos.

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