- Decenas de milhares de manifestantes se reuniram em várias cidades do Brasil no dia quinze de outubro para protestar contra a possível amnistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado a 27 anos de prisão por liderar um golpe.
- As manifestações foram as mais expressivas da esquerda nos últimos anos e ocorreram em resposta a uma proposta da direita que busca modificar a Constituição para proteger parlamentares de investigações.
- Um grande concerto em Copacabana, no Rio de Janeiro, contou com a participação de artistas como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Chico Buarque, que se uniram ao clamor por democracia.
- Os protestos, organizados rapidamente por movimentos sociais e sindicatos, reuniram cerca de 42 mil pessoas em Copacabana e um número semelhante em São Paulo.
- Os manifestantes expressaram indignação pela urgência da Câmara dos Deputados em tratar um projeto que poderia reduzir as penas de golpistas, reafirmando a disposição da esquerda em lutar pela democracia.
Decenas de milhares de manifestantes se reuniram em várias cidades do Brasil neste domingo, 15 de outubro, para protestar contra a possibilidade de amnistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado a 27 anos de prisão por liderar um golpe. As manifestações, as mais expressivas da esquerda nos últimos anos, ocorreram em resposta a uma proposta da direita que visa modificar a Constituição para proteger parlamentares de investigações.
Em Copacabana, no Rio de Janeiro, um grande concerto reuniu artistas renomados como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Chico Buarque, que se uniram à multidão em um clamor por democracia. Os gritos de “sem amnistia” ecoaram entre os presentes, que também expressaram indignação pela urgência com que a Câmara dos Deputados está tratando um projeto que poderia reduzir as penas de golpistas.
Os artistas, que viveram momentos de exílio e luta pela redemocratização nos anos 80, relembraram a história ao entoar canções emblemáticas, como “Cálice”. O evento em Copacabana foi um marco, com a presença de 42 mil pessoas, refletindo um forte sentimento de mobilização popular. Em São Paulo, outra marcha reuniu um número semelhante de manifestantes, destacando a força do movimento.
As manifestações foram organizadas em tempo recorde por movimentos sociais e sindicatos, que, apesar de não exibirem muitas bandeiras partidárias, trouxeram à tona as cores da bandeira nacional. Os progressistas tentam recuperar esses símbolos, que foram apropriados pela extrema direita. Além disso, houve críticas à interferência de figuras internacionais, como Donald Trump, que tentaram barrar o julgamento de Bolsonaro.
Os protestos demonstraram que a esquerda, que estava um pouco “adormecida”, segundo alguns participantes, está disposta a lutar para garantir que Bolsonaro não escape das consequências de seus atos. A mobilização nas ruas é vista como um sinal de que a população está atenta e pronta para agir em defesa da democracia.