- Em 26 de setembro de 1975, cinco homens foram executados na Espanha durante a ditadura de Francisco Franco.
- As condenações ocorreram em conselhos de guerra sem garantias legais, em Madrid, Barcelona e Burgos.
- Os condenados pertenciam a grupos como o FRAP (Frente Revolucionária Antifascista e Patriota) e a ETA (Euskadi Ta Askatasuna).
- As sentenças são consideradas nulas pelo governo espanhol, devido à falta de provas e testemunhas.
- Famílias dos executados relembram o impacto emocional e a luta por justiça, destacando a coragem dos condenados.
Em 1975, a Espanha enfrentava os últimos momentos da ditadura de Francisco Franco, caracterizada por repressão e execuções políticas. Recentemente, ao completar 50 anos das últimas execuções, um reportaje especial revive a história de cinco homens condenados e executados, destacando a ilegitimidade dos processos e o impacto emocional nas famílias.
No dia 26 de setembro de 1975, cinco homens foram condenados por conselhos de guerra sem garantias e executados em Madrid, Barcelona e Burgos. Os condenados, membros de grupos como FRAP e ETA, foram os últimos a enfrentar a fuzilação sob o regime de Franco. As famílias relembram as horas que antecederam as execuções, revelando a coragem e a serenidade dos condenados. Flor Baena, irmã de Humberto, recorda que ele pediu para não ter os olhos vendados, desejando ver a morte de frente.
As sentenças, agora consideradas nulas pelo governo espanhol, foram proferidas em tribunais ilegítimos, sem provas ou testemunhas. Roger Mateos, jornalista e autor, descreve essas condenações como arbitrárias e aleatórias, enquanto Carlos Fonseca, também jornalista, afirma que os conselhos de guerra foram “crimes legais”. As irregularidades eram evidentes, com torturas e execuções realizadas ao amanhecer.
Magda Oranich, advogada de Jon Paredes, expressa a impotência que permeava o ambiente, sabendo que as execuções eram inevitáveis. Mikel Paredes, irmão de Jon, reflete sobre o impacto das mortes, afirmando que se Franco tivesse morrido antes, os cinco jovens poderiam ter sido salvos. A memória dessas execuções ainda ressoa, revelando a dor e a luta por justiça das famílias afetadas.