- A Polícia Federal investiga o uso de jatos por membros do Primeiro Comando da Capital (PCC) no setor de combustíveis, mencionando o presidente do União Brasil, Antonio Rueda, que nega envolvimento.
- Mauro Caputti Mattosinho, ex-funcionário da Táxi Aéreo Piracicaba, depôs à PF e afirmou que os aviões eram referidos como de Rueda, e que ele transportou líderes do esquema.
- Os jatos, como um Gulfstream G200, foram monitorados em voos que coincidem com a agenda de Rueda, incluindo eventos em Portugal e Nova York.
- Outro jato, o Gulfstream G500, foi associado a uma viagem de Rueda para Mykonos, na Grécia, onde comemorou seu aniversário.
- Rueda reafirmou que não possui ligação com as aeronaves investigadas e que suas movimentações financeiras estão disponíveis para as autoridades.
A Polícia Federal (PF) investiga o uso de jatos por membros do PCC infiltrados no setor de combustíveis, com o presidente do União Brasil, Antonio Rueda, sendo mencionado. Rueda nega qualquer envolvimento nas atividades ilícitas.
O ex-funcionário da Táxi Aéreo Piracicaba, Mauro Caputti Mattosinho, depôs à PF e afirmou que os aviões eram referidos como de Rueda. Ele revelou ter transportado líderes do esquema, como Mohamad Hussein Mourad, conhecido como Primo, e Roberto Augusto Leme Silva, o Beto Louco. Apesar das acusações, Rueda se defende, classificando as denúncias como “falsas” e “politizadas”.
Mattosinho, que trabalhou na empresa até recentemente, disse que os funcionários se referiam aos aviões como sendo do “Ruedinha”. Ele destacou que Rueda já mantinha negócios com a Táxi Aéreo Piracicaba há cerca de dois anos. O depoimento levou o União Brasil a antecipar sua saída do governo Lula, resultando na possível demissão do ministro do Turismo, Celso Sabino.
Movimentações Aéreas
Os jatos em questão, incluindo um Gulfstream G200, foram monitorados em voos que coincidem com a agenda de Rueda. O Gulfstream foi rastreado em Portugal durante o Fórum de Lisboa, onde Rueda esteve presente em eventos paralelos. Em outra viagem, o jato levou Rueda a Nova York, onde participou da Brazilian Week.
Outro jato, o Gulfstream G500, foi associado a uma viagem de Rueda para Mykonos, na Grécia, onde comemorou seu aniversário em um evento luxuoso. A aeronave foi rastreada em voos que coincidem com as datas das festividades, que contaram com a presença de vários políticos e celebridades.
Rueda, em nota, reafirmou que não possui qualquer ligação com as aeronaves investigadas, afirmando que suas movimentações financeiras estão à disposição das autoridades. Ele enfatizou que nunca participou da compra de aeronaves e que sempre voou com pessoas idôneas.