Liberdade de expressão no governo Trump e suas consequências globais

A ofensiva de Donald Trump contra a mídia e seus opositores ganhou novos contornos com a suspensão do talk-show de Jimmy Kimmel pela rede ABC. A decisão ocorreu após Kimmel fazer comentários considerados desrespeitosos sobre o assassinato do ativista Charlie Kirk, o que gerou reações intensas entre os apoiadores de Trump.

Desde que assumiu a presidência, Trump tem criticado a chamada “cultura do cancelamento” e promovido ações judiciais contra veículos de comunicação que o criticam. A suspensão do programa de Kimmel se insere em um contexto mais amplo de demissões e cancelamentos de programas que desafiam a narrativa do ex-presidente. Em junho, por exemplo, o Late Show de Stephen Colbert também chegou ao fim.

O assassinato de Kirk, que provocou uma onda de indignação, foi um ponto de inflexão para os trumpistas, que passaram a discutir limites à liberdade de expressão, citando o que consideram “discurso de ódio”. Postagens que celebraram a morte do ativista ou criticaram suas opiniões levaram a uma caçada virtual, expondo usuários nas redes sociais.

O debate sobre liberdade de expressão durante o governo Trump e suas implicações, tanto nos Estados Unidos quanto internacionalmente, está em pauta. A professora Clarissa Gross, da FGV Direito SP, analisa a instrumentalização política do conceito e a perseguição a quem é visto como opositor. O tema é abordado no podcast Café da Manhã, que discute os reflexos dessa situação no cenário atual.