- A Procuradoria-Geral da República (PGR) deve denunciar Eduardo Bolsonaro e Jair Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal (STF) por crimes de coação e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.
- A denúncia pode comprometer a candidatura de Eduardo à presidência.
- Eduardo Bolsonaro está nos Estados Unidos desde março, promovendo sanções contra o Brasil.
- Em agosto, ele e Jair Bolsonaro foram indiciados pela Polícia Federal por incitar o governo americano a agir contra autoridades brasileiras, incluindo o ministro Alexandre de Moraes.
- Jair Bolsonaro também foi indiciado por transferir R$ 2 milhões via Pix para Eduardo, o que pode ser visto como financiamento de crime.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) deve apresentar, nesta semana, uma denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Eles são acusados de coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. Caso a denúncia seja aceita, Eduardo se tornará réu, o que pode comprometer sua candidatura à presidência.
Desde março, Eduardo Bolsonaro está nos Estados Unidos, onde trabalha para promover sanções contra o Brasil. Em agosto, ele e seu pai foram indiciados pela Polícia Federal por suposta atuação para incitar o governo americano a adotar medidas contra autoridades brasileiras, incluindo o ministro Alexandre de Moraes. Além disso, Jair Bolsonaro foi indiciado por transferir R$ 2 milhões via Pix para o filho, o que pode ser interpretado como financiamento de crime.
Indiciamento e Repercussões
O indiciamento foi resultado de investigações que revelaram diálogos entre pai e filho, que foram tornados públicos. Eduardo classificou as acusações como um “crime absolutamente delirante” e criticou o que chamou de vazamento de informações. O apresentador Paulo Figueiredo, que auxilia Eduardo nos EUA, também foi indiciado e deve ser denunciado ao STF.
Nos últimos meses, o governo dos Estados Unidos tomou diversas ações contra o Brasil, incluindo sanções financeiras a Alexandre de Moraes, enquadrando-o na Lei Magnitsky. Donald Trump e membros de sua administração alegam que Bolsonaro é alvo de uma “caça às bruxas” e que Moraes atua contra a liberdade de expressão.
Contexto das Investigações
A investigação foi solicitada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, em maio, para apurar a atuação de Eduardo Bolsonaro em incitar o governo dos EUA contra Moraes, que é relator de processos contra a família Bolsonaro. As ações do deputado têm gerado um clima de tensão entre Brasil e Estados Unidos, refletindo a complexidade das relações políticas atuais.