- A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a condenação de seis réus por tentativa de golpe nas eleições presidenciais de 2022.
- O pedido foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) e inclui o general da reserva Mário Fernandes e o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques.
- As alegações da PGR indicam que o grupo planejou ações para monitorar autoridades e dificultar a votação na Região Nordeste.
- Os réus também são investigados por um plano de assassinato contra o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, seu vice Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes.
- O procurador-geral Paulo Gonet Branco destacou que as ações dos réus comprometeram a segurança pública e pediu reparação de danos por meio de multas.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou a condenação de seis réus envolvidos em uma tentativa de golpe que visava desestabilizar as eleições presidenciais de 2022. O pedido foi feito ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira, 22, e inclui figuras como o general da reserva Mário Fernandes e o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques.
As alegações finais da PGR destacam que o grupo orquestrou ações para monitorar e neutralizar autoridades, elaborou um decreto golpista e dificultou a votação de eleitores na Região Nordeste. O procurador-geral, Paulo Gonet Branco, afirmou que as provas foram obtidas através de aplicativos de mensagens e arquivos eletrônicos, ligando os réus aos eventos de 8 de janeiro de 2023, quando manifestantes invadiram os edifícios dos Três Poderes.
Planejamento de Ações Criminosas
Além das acusações de organização criminosa armada e tentativa de golpe de Estado, os réus também são investigados por um plano de assassinato contra o então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, seu vice Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes. O plano, denominado Punhal Verde e Amarelo, foi admitido por Mário Fernandes, que buscava romper com as estruturas democráticas do Brasil.
Gonet enfatizou que as ações dos réus não apenas comprometeram a segurança pública, mas também facilitaram a violência que culminou nos eventos de janeiro. O procurador pediu, ainda, a reparação de danos por meio da imposição de multas aos condenados, reforçando a gravidade das ações que ameaçaram a democracia brasileira.