- O procurador-geral da República, Paulo Gonet, defendeu a manutenção da prisão preventiva de Glaudiston da Silva Cabral, réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por ofensas a magistrados e incitação ao crime.
- Glaudiston é investigado por suas declarações durante as manifestações golpistas de 8 de janeiro de 2023, onde atacou o ministro Alexandre de Moraes.
- A Defensoria Pública da União (DPU) pediu a revogação da prisão, alegando problemas de comunicação devido à falta de internet na região onde Glaudiston reside.
- Gonet recomendou a rejeição do pedido da DPU, afirmando que as razões para a prisão ainda são válidas.
- A DPU também recorreu da decisão que tornou Glaudiston réu, alegando falta de notificação prévia sobre a sessão de julgamento.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, defendeu a manutenção da prisão preventiva de Glaudiston da Silva Cabral, réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por ofensas a magistrados e incitação ao crime. Glaudiston, que se tornou alvo de investigação após as manifestações golpistas de 8 de janeiro de 2023, proferiu ataques diretos ao ministro Alexandre de Moraes, chamando-o de “sacrificador de crianças” e “satanista”.
A Defensoria Pública da União (DPU) solicitou a revogação da prisão, argumentando que a falta de cobertura de internet na região onde Glaudiston reside compromete a comunicação com a central de monitoramento. No entanto, Gonet recomendou a rejeição desse pedido, afirmando que as razões que fundamentaram a prisão permanecem válidas. “Não há, por ora, razão hábil a justificar a sua revogação”, destacou.
Contexto das Acusações
A DPU recorreu da decisão que tornou Glaudiston réu por associação criminosa e incitação ao crime, alegando que não houve notificação prévia da defesa sobre a sessão de julgamento. A denúncia da PGR aponta que Glaudiston se associou a um grupo que visava deslegitimar o sistema eleitoral e o Estado Democrático de Direito entre julho de 2020 e maio de 2024.
Em suas publicações, Glaudiston fez acusações graves contra Moraes e o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, chamando-os de “genocidas” e “pedófilos”. Moraes, ao aceitar a denúncia, enfatizou que, embora críticas sejam normais em uma democracia, os atos de Glaudiston incitaram a atuação das Forças Armadas contra os Poderes Constituídos, configurando uma tentativa de golpe de Estado.
A situação de Glaudiston continua a ser monitorada, com a DPU buscando a anulação do julgamento e a designação de uma nova sessão.