- A Polícia Federal desmantelou uma quadrilha que usava inteligência artificial para fraudar o reconhecimento facial da Caixa Econômica Federal.
- O grupo desviava benefícios sociais como FGTS e Bolsa Família, criando cadastros falsos com informações de pessoas que nunca haviam sido registradas no sistema.
- Funcionários da Caixa colaboravam com os criminosos, apagando dados de beneficiários legítimos para facilitar os desvios.
- Os golpistas geraram milhares de imagens falsas e exploravam moradores de rua, buscando pessoas em situação de vulnerabilidade.
- Um dos funcionários envolvidos recebeu mais de R$ 300 mil em propinas, e a Caixa já afastou os implicados, colaborando com as investigações.
A Polícia Federal desmantelou uma quadrilha que utilizava inteligência artificial para fraudar o sistema de reconhecimento facial da Caixa Econômica Federal, desviando benefícios sociais como FGTS e Bolsa Família. Os criminosos buscavam “rostos virgens”, ou seja, pessoas que nunca haviam passado pelo sistema de biometria do banco, para criar cadastros falsos.
As investigações revelaram que o grupo contava com a colaboração de funcionários da Caixa, que apagavam dados de beneficiários legítimos para criar novos cadastros com informações verdadeiras roubadas. O delegado da PF, Wanderson Pinheiro da Silva, destacou que a maioria das vítimas era de baixa renda, e a falta de acesso aos benefícios causava grande desgaste emocional nas famílias.
Estratégias de Fraude
Os golpistas geraram milhares de imagens falsas usando tecnologia de IA, além de alterarem suas próprias características físicas, como cor da pele e corte de cabelo, para criar uma variedade de rostos. Um áudio interceptado pela PF mostrou a busca ativa por moradores de rua, evidenciando a exploração de pessoas em situação de vulnerabilidade social.
Além disso, um dos funcionários da Caixa envolvido no esquema recebeu mais de R$ 300 mil em propinas. A quadrilha tinha acesso a todos os benefícios pagos pelo aplicativo Caixa Tem, permitindo um desvio massivo de recursos. A Caixa já afastou os funcionários implicados e está colaborando com as investigações.
Impacto Social
O delegado Wanderson Pinheiro ressaltou que a suspensão dos benefícios por um ou dois meses gera um impacto significativo nas famílias, que precisam enfrentar um processo complicado para reaver os valores. A PF continua a investigação para identificar todos os envolvidos e prevenir novas fraudes.