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Reforma administrativa revela disparidades salariais no serviço público brasileiro

Reforma administrativa busca limitar supersalários e estabelecer tabela fixa de remuneração, enfrentando desigualdades entre municípios ricos e pobres

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Escultura da Justiça em frente ao prédio do Supremo Tribunal Federal, na Praça dos Três Poderes, em Brasília (Foto: Reprodução)
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  • A desigualdade salarial no serviço público brasileiro é significativa, com os maiores salários no Poder Judiciário e no nível federal.
  • Servidores do Judiciário recebem, em média, R$ 26,2 mil mensais, enquanto os do Legislativo ganham R$ 17,2 mil e os do Executivo apenas R$ 9,3 mil.
  • A média salarial dos servidores federais é de R$ 21 mil, enquanto os estaduais recebem R$ 11,9 mil e os municipais, R$ 6,7 mil.
  • A reforma administrativa em discussão visa criar uma tabela fixa de remuneração e limitar supersalários, destacando a disparidade entre municípios ricos e pobres.
  • O pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Felix Lopez, alerta para os desafios de implementar normas gerais devido às diferentes realidades econômicas dos municípios.

BRASÍLIA – A desigualdade salarial no serviço público brasileiro é alarmante, com os maiores salários concentrados no Poder Judiciário e no nível federal. Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revelam que, em média, os servidores do Judiciário recebem R$ 26,2 mil mensais, enquanto os do Legislativo ganham R$ 17,2 mil e os do Executivo apenas R$ 9,3 mil.

A disparidade se acentua entre os níveis da Federação. Os servidores federais têm uma média de R$ 21 mil, enquanto os estaduais recebem R$ 11,9 mil e os municipais apenas R$ 6,7 mil. A mediana de remuneração no Executivo municipal é de R$ 2,6 mil, muito abaixo dos valores do Judiciário, que já ultrapassam essa cifra.

Supersalários e a Elite do Funcionalismo

Um estudo realizado por Wellington Nunes e José Teles, com dados do Atlas do Ipea, destaca que os procuradores do Judiciário estadual estão entre os mais bem pagos, com salários médios de R$ 40 mil. Em contrapartida, os profissionais com as menores remunerações incluem supervisores de crédito, com R$ 359, e garçons, com R$ 1.040.

Os supersalários estão concentrados em instituições como o Ministério Público da União e tribunais superiores. Em 2018, a Câmara dos Deputados era responsável por 70% dos supersalários no Legislativo, enquanto o MPU detinha 40,1% dos vínculos acima do limite constitucional.

Reforma Administrativa em Discussão

Diante desse cenário, a reforma administrativa em discussão na Câmara visa estabelecer uma tabela fixa de remuneração e limitar a criação de verbas que resultam em supersalários. Felix Lopez, pesquisador do Ipea, ressalta a necessidade de um limite realista para as remunerações elevadas, destacando a disparidade entre os salários mais altos e mais baixos em todo o país.

Lopez alerta, no entanto, para os desafios de implementar normas gerais, já que a maior parte do funcionalismo está nos municípios, que apresentam realidades econômicas distintas. A criação de regras genéricas pode ser contraproducente, considerando a diversidade entre municípios ricos e pobres.

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