- O projeto de anistia na Câmara dos Deputados, liderado por Paulinho da Força, enfrenta novos obstáculos.
- Sanções dos Estados Unidos contra Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, impactam a tramitação do projeto.
- As sanções financeiras foram anunciadas pelo governo Donald Trump e incluem a empresa Lex Institutos Jurídicos, que possui imóveis avaliados em mais de R$ 20 milhões.
- Paulinho da Força admitiu que a votação, prevista para esta semana, pode ser adiada, afirmando que é necessário “repensar tudo de novo”.
- A proposta de anistia, que poderia beneficiar Jair Bolsonaro e outros condenados pelos ataques de 8 de janeiro, gerou intensas discussões entre os parlamentares.
O projeto de anistia na Câmara dos Deputados, liderado por Paulinho da Força (Solidariedade-SP), enfrenta novos desafios após a imposição de sanções dos Estados Unidos contra a mulher do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. As restrições financeiras, anunciadas pelo governo Donald Trump, incluem Viviane Barci de Moraes e sua empresa, a Lex Institutos Jurídicos, que possui imóveis avaliados em mais de R$ 20 milhões.
Paulinho da Força reconheceu que as sanções impactarão a tramitação do projeto, que visa a redução das penas de condenados pelos ataques de 8 de janeiro, incluindo Jair Bolsonaro. O relator admitiu que a votação, inicialmente prevista para esta semana, pode ser adiada para a próxima. “Temos que repensar tudo de novo”, afirmou.
As novas sanções são vistas como um ataque ao STF, especialmente em um momento em que Moraes e Gilmar Mendes estavam abertos a um acordo para a redução das penas. A proposta de anistia ampla, que poderia beneficiar Bolsonaro e outros condenados, gerou discussões acaloradas entre os parlamentares. Fontes indicam que os ministros do STF estavam cientes do risco de aprovação da anistia e participaram das conversas sobre o projeto.
A relação de Paulinho com Moraes e Mendes, defensores da punição aos golpistas, pode influenciar a condução do projeto. O deputado foi escolhido pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e sua indicação foi bem recebida por Moraes. A expectativa é que a votação do projeto continue a ser um tema central nas próximas semanas, à medida que os desdobramentos das sanções se desenrolam.