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Aumento da tarifa de ônibus impede brasileiros de visitar familiares e buscar emprego

Cinquenta e seis por cento dos moradores deixaram de frequentar parques e cinemas por causa do preço da passagem de ônibus.

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Conselho de Ética analisa abertura de processo contra Eduardo Bolsonaro (Foto: Reprodução)
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  • Uma pesquisa do Instituto Cidades Sustentáveis em parceria com o Ipsos-Ipec revela que a crise do transporte público nas capitais brasileiras se agrava.
  • Sessenta por cento dos entrevistados afirmam evitar visitar amigos devido ao custo da tarifa de ônibus.
  • Oitenta e seis por cento dos usuários de transporte coletivo têm renda familiar de até dois salários mínimos.
  • Cinquenta e seis por cento deixaram de ir a parques ou cinemas, e quarenta e quatro por cento não buscam emprego por causa do custo do transporte.
  • A pesquisa destaca a necessidade de investimentos em infraestrutura e regulação para melhorar a mobilidade urbana.

A crise do transporte público nas capitais brasileiras se agrava, conforme revela uma pesquisa do Instituto Cidades Sustentáveis em parceria com o Ipsos-Ipec. O estudo, que entrevistou 3.500 moradores de cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, aponta que 60% dos entrevistados evitam visitar amigos devido ao custo da tarifa de ônibus. Além disso, 86% dos usuários de transporte coletivo têm renda familiar de até dois salários mínimos, evidenciando a dificuldade de acesso a serviços e lazer.

Os dados mostram que 56% dos participantes deixaram de ir a parques ou cinemas por conta do preço da passagem. 48% relataram ter perdido consultas médicas e 44% deixaram de buscar emprego por causa do custo do transporte. Em média, os moradores das capitais gastam 116,5 minutos por dia em deslocamentos, com 58% levando mais de uma hora para realizar suas atividades diárias.

Desafios do Transporte Coletivo

O transporte público é a principal escolha para a maioria, com predominância dos ônibus. Em Goiânia, no entanto, 41% dos entrevistados utilizam carro particular. A pesquisa também destaca que 82% dos moradores consideram inseguro andar a pé, especialmente mulheres e usuários de transporte coletivo. Em Manaus, 87% se sentem inseguros como pedestres, enquanto em Goiânia, 35% se sentem seguros.

Os problemas enfrentados pelos passageiros variam entre as capitais. Em Manaus, a tarifa é a principal preocupação, enquanto em São Paulo, a lotação dos ônibus é a maior queixa. O geógrafo Rafael Calabria aponta que esses resultados refletem a crise do transporte público e sugere que a solução passa por infraestrutura, regulação e mudanças no custeio. Ele destaca a necessidade de investimentos em trilhos e corredores de ônibus, além de um controle mais rigoroso da operação e da bilhetagem.

Esses dados ressaltam a urgência de um debate sobre a qualidade do transporte público nas capitais brasileiras, onde o acesso à mobilidade é um fator crucial para a inclusão social e o bem-estar da população.

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