- A relação entre o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o presidente do Partido Social Democrático (PSD), Gilberto Kassab, é tensa devido à pressão por uma anistia aos condenados pelos ataques de 8 de janeiro.
- Kassab manifestou apoio à anistia, mas a bancada do PSD está dividida, com apenas dois senadores a favor da proposta.
- Na Câmara dos Deputados, dos 45 deputados do PSD, 28 votaram a favor da urgência do projeto, enquanto 12 se opuseram e 5 não compareceram.
- A falta de um posicionamento claro de Kassab pode prejudicar sua viabilidade eleitoral em São Paulo, especialmente com a possibilidade de Tarcísio concorrer à presidência em 2026.
- A pressão do bolsonarismo sobre Kassab é vista como uma tentativa de desgastar sua imagem, enquanto aliados minimizam a situação, afirmando que um rompimento beneficiaria o governo atual.
Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) intensificam a pressão sobre o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para que o presidente do PSD, Gilberto Kassab, adote uma postura favorável à anistia dos condenados pelos ataques de 8 de janeiro. Essa proposta é vista como uma forma de fortalecer a base bolsonarista e pode impactar a trajetória política de Kassab, que almeja ser governador de São Paulo.
Recentemente, Kassab manifestou apoio à anistia, mas a bancada do PSD está dividida. Na Câmara, dos 45 deputados, 28 votaram a favor da urgência do projeto, enquanto 12 se opuseram e 5 não compareceram. No Senado, a situação é ainda mais complicada, com apenas dois dos 12 senadores do PSD dispostos a apoiar a medida. O presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), também é um opositor à proposta.
Kassab, que é secretário de Governo e Relações Institucionais de São Paulo, se comprometeu a buscar apoio à anistia após uma conversa com Tarcísio. No entanto, senadores como Otto Alencar (BA) consideram a proposta inconstitucional e afirmam que, se aprovada, deve passar pela Comissão de Constituição e Justiça. A falta de um posicionamento claro de Kassab pode prejudicar sua viabilidade eleitoral no estado.
Desafios e Perspectivas
A relação entre Tarcísio e Kassab é tensa, especialmente com a possibilidade de o governador concorrer à presidência em 2026. Se Tarcísio deixar o governo, Kassab terá que enfrentar uma concorrência acirrada, incluindo nomes como o presidente da Assembleia, André do Prado (PL), e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB).
A pressão do bolsonarismo sobre Kassab é vista como uma tentativa de desgastar sua imagem, especialmente por sua posição ambígua em relação a temas polêmicos. Apesar disso, aliados de Kassab minimizam a situação, argumentando que um rompimento só beneficiaria o governo Lula, empurrando o PSD para uma aliança com o petismo.
A expectativa é que Kassab mantenha uma postura institucional favorável à anistia, mas a divisão interna do PSD e a pressão externa podem complicar seus planos políticos futuros.