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Brasil enfrenta desafios para proteger agentes no combate ao crime organizado

Propostas legislativas buscam aumentar a proteção a autoridades, após o assassinato do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes em São Paulo.

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Velório do ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, na Assembleia Legislativa de São Paulo (Foto: Reprodução)
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  • O Brasil enfrenta um grave problema com o crime organizado, especialmente com facções como o Primeiro Comando da Capital (PCC).
  • O assassinato do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes, que lutou contra essa criminalidade, destaca a fragilidade na proteção de autoridades.
  • A morte de Ferraz gerou propostas legislativas na Assembleia Legislativa de São Paulo para aumentar a proteção a autoridades, incluindo agentes aposentados.
  • O senador Sergio Moro (União-PR) apresentou um projeto de lei na Câmara dos Deputados que aguarda votação, propondo medidas de segurança para ex-agentes e suas famílias.
  • Modelos de proteção de outros países, como Itália e Colômbia, podem servir de inspiração para uma política federal estruturada no Brasil.

O Brasil enfrenta um cenário alarmante em relação ao crime organizado, com facções como o PCC desafiando a segurança pública. O recente assassinato do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes, que lutou contra essa criminalidade, evidencia a fragilidade na proteção de autoridades, mesmo as aposentadas. Ferraz, que atuou como secretário de Administração em Praia Grande, foi morto enquanto dirigia, levantando questões sobre a segurança de quem combateu o crime.

A morte de Ferraz gerou uma onda de propostas legislativas na Assembleia Legislativa de São Paulo, visando aumentar a proteção a autoridades, incluindo agentes aposentados. Na Câmara dos Deputados, um projeto de lei do senador Sergio Moro (União-PR) já aguarda votação, propondo medidas de segurança para ex-agentes e seus familiares. O Ministério da Justiça também está preparando uma proposta para o Congresso.

Exemplos Internacionais

A situação no Brasil não é única. Modelos de proteção de outros países podem servir de inspiração. Na Itália, após os assassinatos dos juízes Paolo Borsellino e Giovanni Falcone em 1992, o Estado implementou medidas rigorosas de segurança para juízes e procuradores. Criou-se a Direzione Nazionale Antimafia, que endureceu o regime de prisão para líderes de máfias. A Colômbia adotou estratégias semelhantes durante a luta contra os cartéis de Medellín e Cali.

A Espanha também desenvolveu protocolos de proteção para autoridades envolvidas no combate ao grupo terrorista ETA, mostrando que a proteção de quem enfrenta o crime organizado é uma preocupação global. No Brasil, o Conselho Nacional do Ministério Público já estabeleceu resoluções para permitir a proteção de autoridades, e no Rio de Janeiro, oito servidores aposentados recebem escolta.

Necessidade de uma Política Estruturada

É evidente que uma política federal estruturada para a proteção de autoridades é cada vez mais necessária. Embora não seja viável proteger todos os que combateram o crime, experiências internacionais e iniciativas locais podem servir de base para um sistema eficaz. O desafio é encontrar um equilíbrio que não sobrecarregue a estrutura de segurança pública, mas que garanta a proteção de quem arrisca a vida pelo bem da sociedade.

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