- A jornalista argentina Liliana Viola lança o livro “La hermana” em 2025.
- A obra narra a luta de Martha Pelloni, uma monja que combate a violência e a exploração infantil na Argentina.
- Pelloni se destacou após o assassinato de uma aluna em 1995, mobilizando a sociedade e enfrentando autoridades para exigir justiça.
- Viola questiona sua própria fé enquanto relata a história de Pelloni e a corrupção no país.
- O livro busca dar voz à luta de Pelloni e às injustiças enfrentadas por crianças na Argentina.
Liliana Viola lança livro sobre a monja Martha Pelloni e sua luta por justiça na Argentina
A jornalista argentina Liliana Viola apresenta em seu novo livro, “La hermana”, a trajetória de Martha Pelloni, uma monja que se destacou na luta contra a violência e a exploração infantil na Argentina. A obra, que será lançada em 2025, explora a relação entre fé e justiça, questionando as próprias crenças da autora enquanto narra a luta de Pelloni após o assassinato de uma aluna em 1995.
Pelloni, que dirigia um colégio em Catamarca, mobilizou a sociedade argentina após o brutal assassinato de María Soledad Morales, que foi assassinada e jogada em uma vala. A monja enfrentou políticos, juízes e até mesmo sua própria igreja para exigir justiça, tornando-se uma figura emblemática na luta contra a corrupção e a impunidade no país. Sua determinação resultou na prisão de vários envolvidos no caso, além de fundar a Rede Infância Robada, que combate a exploração infantil.
A busca por justiça e fé
Viola, ao narrar a história de Pelloni, reflete sobre sua própria falta de fé, questionando a influência da religião em questões sociais. A autora destaca que, em um contexto onde o presidente argentino invoca forças divinas em sua retórica, a análise da fé se torna ainda mais relevante. A obra não apenas retrata a luta de Pelloni, mas também provoca uma reflexão sobre as superstições que permeiam a sociedade e como estas são utilizadas para manipular a população.
A narrativa de Viola é marcada pela honestidade, permitindo que o leitor se conecte com a história sem a necessidade de uma presença intrusiva da autora. A jornalista se posiciona como uma observadora, distanciando-se da figura do repórter que se imerge na ação, mas ainda assim, sua voz é essencial para contextualizar os eventos e as emoções envolvidas.
Compromisso com a verdade
Em “La hermana”, Viola se compromete com a verdade dos fatos, apresentando uma narrativa que não apenas informa, mas também provoca reflexão. A obra se destaca por sua abordagem literária e de não ficção, buscando dar voz a quem realmente importa: a luta de Martha Pelloni e as injustiças enfrentadas por tantas crianças na Argentina. Através de sua escrita, Viola oferece uma visão profunda e necessária sobre a intersecção entre fé, justiça e a luta contra a corrupção.