- Um homem foi morto por flechas supostamente disparadas por indígenas pirahãs na BR-230, na região da Transamazônica, no dia quinze de setembro.
- O ataque ocorreu em uma ponte sobre o rio Maici Mirim, próximo a Humaitá, no sul do Amazonas.
- Além da vítima fatal, outra pessoa ficou ferida.
- A situação gerou protestos e ataques racistas contra os pirahãs, que vivem da pesca, caça e coleta.
- A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e o Ministério Público Federal (MPF) estão investigando o caso, que pode ter implicações federais.
Um homem foi morto por flechas supostamente disparadas por indígenas pirahãs na última segunda-feira (15), na BR-230, região da Transamazônica. O ataque ocorreu em uma ponte sobre o rio Maici Mirim, próximo a Humaitá, no sul do Amazonas. Além da vítima fatal, outra pessoa ficou ferida.
A situação gerou protestos e ataques racistas contra os pirahãs, um povo de recente contato que vive da pesca, caça e coleta. A Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) e o MPF (Ministério Público Federal) estão investigando o caso, que pode ter implicações federais. O procurador da República Daniel Luis Dalberto destacou que a investigação deve ser conduzida pela Polícia Federal, dada a classificação dos pirahãs como povo de recente contato.
A Funai informou que os pirahãs têm um modo de vida pacífico e que não há registros de ataques anteriores. O corpo do agricultor José Ailton Teodoro dos Santos foi encontrado no rio, e relatos indicam que ele e outros homens teriam perseguido indígenas após uma suposta invasão em sua casa. A Funai também mencionou um histórico de “assédio territorial” na região, onde a mobilidade dos pirahãs é influenciada pela sazonalidade dos recursos naturais.
A tensão na área é exacerbada por conflitos territoriais e a pressão de moradores locais, que desejam que os pirahãs sejam “civilizados”. Em resposta ao homicídio, a Funai está reforçando a segurança na região. No mesmo dia do incidente, a PF iniciou uma operação contra o garimpo ilegal no rio Madeira, mas a Funai não vê relação entre essas ações e a morte do agricultor.